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Sem ranço político

Notícias dos Poderes | 22 de Março de 2019 as 18h 14min

Juarez Costa (MDB) e Dilmar Dal’Bosco (DEM) sempre estiveram em polos opostos da política de Sinop. Quando o antigo PFL dava suporte a gestão do prefeito Nilson Leitão, lá no começo dos anos 2000, Juarez era ferrenha oposição. Quando o irmão de Dilmar, Dilceu Dal’Bosco, buscava sua reeleição como deputado estadual, Juarez entrou no certame disputando os votos do eleitorado local. Ambos sagraram-se vitoriosos, mas ainda assim em campos opostos da política.

Em 2008, Juarez deixa a Assembleia para ser prefeito de Sinop, em uma eleição que tinha no grupo adversário o DEM e os Dal’Bosco. Em 2010, Dilceu passa a vaga de candidato a estadual para seu irmão e, nesse cenário, Juarez apoia a candidatura de Baiano. Quando chega a campanha de reeleição, em 2012, Juarez enfrenta diretamente Dilceu, em uma campanha bastante dura. Esse embate durou até o último pleito.

Os partidos de Juarez e Dilmar acabaram colocando os dois no mesmo palanque em 2018, apoiando o projeto de Mauro Mendes (DEM). Os dois chegaram a, literalmente, rachar comícios – no sentido de dividir o espaço. Houveram até santinhos com a dobradinha Juarez para federal e Dilmar para estadual.

A campanha passou e, ao que parece, o ranço político também. Já no começo dos seus mandatos, Juarez e Dilmar mostram que são capazes de trabalharem em conjunto e – até – com um certo entrosamento. Foi com uma ação há 4 mãos que eles conseguiram arrancar do vice-governador Otaviano Pivetta R$ 4 milhões para duplicação da MT-140. E olha que a ordem desse atual governo é lacrar o cofre até vencer a crise. Juarez e Dilmar chegaram dividir publicamente a conquista política. Cada um, a sua forma, gravou mensagens para seu eleitorado, citando o novo parceiro de trabalho.

Lideranças de Sinop, eleitas, trabalhando em colaboração, é um sinal de uma política mais madura, sadia e eficiente. Durante a maior parte da sua história a cidade ficou politicamente “desalinhada” com as esferas estadual e federal: o prefeito era adversário do governador, do deputado ou do senador e cada um remava para um lado, deixando Sinop à deriva. Depois de tantos anos, é bom ver que o gosto amargo na boca não predomina mais.