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Senador com carma

Notícias dos Poderes | 07 de Agosto de 2018 as 16h 34min

O senador por Mato Grosso, José Medeiros (PODEMOS), não vive seu melhor momento político. Há dois meses ele entrou em uma bola dividida com os municípios de Mato Grosso, quando, como presidente da bancada do Estado no Congresso Nacional, pediu a revisão de emendas destinadas à saúde. Na tentativa de agradar um número maior de municípios, o senador (e outros deputados também), decidiram suspender o repasse de R$ 14 milhões para Sinop, R$ 8,6 milhões para Tangará da Serra e R$ 4 milhões para Sorriso, em recursos que seriam aplicados na saúde. Medeiros quis pegar o bolo de R$ 54 milhões em emendas e fatiar de forma mais ou menos igual entre os 141 municípios do Estado. Acabou ganhando a antipatia dessas cidades polos que estavam contempladas e quase nenhum apoio das demais cercanias.

O inferno astral de Medeiros prossegui no final de julho, quando enfim a ação movida pelo outro suplente, Paulo Fiúza (PV), foi julgada. A justiça entendeu que Medeiros só foi conduzido a vaga no Senado, deixada pela renúncia de Pedro Taques, porque a ata de registro da candidatura foi fraudada. Em suma, Medeiros curte seus últimos dias como senador, até que Fiúza tome posse.

Para completar o momento, seu partido se alinhou com o PR, que sustentará a candidatura de Wellington Fagundes para governador. Com uma chapa a mais, aumentou o número de concorrentes ao Senado, reduzindo as chances de Medeiros ser reeleito.

Sobrou para Medeiros desistir da Casa da República. Na convenção do PODEMOS, realizada nesta segunda-feira (6), o senador foi rebaixado de patente. Irá disputar a eleição de 2018 como deputado federal. A justificativa de Medeiros foi que sua candidatura para senador cresceu muito e atraiu inimigos. Ele disse que “forças ocultas trabalharam muito forte para destruir o nosso projeto de reeleição”. Não sabemos se estas “forças ocultas” são exotéricas ou magistrais, políticas ou sobrenaturais. Seja por carma ou por calma, Medeiros recuou para, nessa sua segunda eleição, tentar vencer como titular e não como suplente.

Se ganhar pode não levar. O processo que cassou seu mandato veio acompanhado de uma “inelegibilidade reflexa”. Isso significa que ele não está automaticamente fora dessa eleição, mas que pode ter o registro de candidatura negado pela Justiça Eleitoral. Se disputar sob efeito de liminar, poderá ter sua diplomação vetada.