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Sinop encolheu politicamente

Notícias dos Poderes | 09 de Outubro de 2018 as 11h 07min

Durante o período eleitoral, a expectativa era de que Sinop catapultaria sua representação política. No melhor dos cenários, Sinop elegeria um senador, encaminharia o suplente Jorge Yanai para a titularidade do Senado com a eleição do Wellington Fagundes ao Governo e emplacaria um novo deputado federal, mantendo assim a vaga ocupada por Nilson Leitão (PSDB). Na prática, o que ocorreu foi que Sinop perdeu representatividade política na eleição de 2018, regredindo ao ano de 2003.

Leitão não logrou êxito como senador. Não foi o mais votado nem mesmo no seu domicílio eleitoral. Em Sinop ele conseguiu apenas 26 mil votos, 7 mil votos a menos que a juíza Selma de Arruda, a mais votada no município. A expectativa de colocar alguém da região na segunda vaga, também caiu por terra. Carlos Fávaro, de Lucas do Rio Verde, fez 12 mil votos em Sinop. Foi o terceiro mais votado no município e no Estado, mas faltaram 50 mil votos para ser eleito. Tirando Selma, que era Bolsonaro no Senado, Fávaro e Leitão, o eleitor de Sinop conferiu outros 37 mil votos para os demais candidatos a senador.

Quanto a promoção do suplente, a função de Wellington Fagundes nessa eleição foi mostrar que Pedro Taques não consegue nem ficar em segundo lugar: vitória esmagadora de Mauro Mendes no primeiro turno.

Na Câmara Federal, Sinop manteve sua representatividade. Sai Nilson Leitão e entra Juarez Costa, reprisando a mesma alteração ocorrida na prefeitura de Sinop 10 anos atrás. Juarez pegou a última cadeira da Câmara, assim como Leitão em 2010, que entrou meses depois do início do mandato, no tapetão. O ex-prefeito fez 49,9 mil votos no Estado – sendo 21,4 mil votos em Sinop. Ao todo, 108 candidatos a deputado federal receberam votos em Sinop. O segundo melhor desempenho foi de Dilmair Callegaro (PSDB), com 8,6 mil votos. O pessoal do NOVO, com 8 candidaturas para federal em Sinop, não passou dos 2,4 mil no município, sendo Juliana Lobo a mais votada, com 2,3 mil.

O maior prejuízo foi na Assembleia Legislativa. Sinop começou a eleição com 3 deputados estaduais e encerrou com um só. Baiano Filho desistiu no meio do pleito. Silvano Amaral não conseguiu se reeleger. Dilmar Dal’Bosco (DEM), foi o único deputado estadual com base em Sinop eleito. E nem foi o mais votado. Dilmar teve 5,6 mil votos em Sinop. Ícaro Severo conseguiu 7 mil votos no município, mas no estado inteiro somou só mais 2,1 mil.

Com sua representação política resumida a um deputado federal e um estadual, Sinop volta ao ano de 2003, quando tinha Ricarte de Freitas e Dilceu Dal’Bosco. Foram anos duros para o município, com desalinhamento político no Estado e no Governo Federal. Mas foi assim que o eleitor quis decidir.