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Armados e perigosos

A péssima qualidade das armas que o Estado dá para polícia

Novos agentes da Polícia Civil recebem armas antigas, mal conservadas e que quase não funcionam

Polícia | 11 de Maio de 2015 as 09h 41min
Fonte: Jamerson Miléski

| Foto: GC Notícias

Os 350 policiais civis formados em dezembro de 2014 foram devidamente armados pelo Governo de Mato Grosso. A dúvida é se as armas oferecidas pelo Estado oferecem mais risco aos bandidos ou aos policiais.

Revólveres velhos, com péssimo estado de conservação e muitas vezes funcionando precariamente foram entregues aos novos membros da Polícia Civil. Uma fonte do GC Notícias enviou fotos da arma que recebeu do Estado para o exercício da sua profissão. O calibre .38 da marca Taurus está com o cabo totalmente desgastado, tambor de balas lixado e com ferrugem no gatilho e na alavanca da trava. A arma tem estampado o brasão da secretaria estadual de Segurança Pública. “Esse revólver ainda é um dos melhores que veio”, afirma a fonte.

A informação é de que a maioria das armas distribuídas pelo Estado para o efetivo da Polícia Civil tem mais de 20 anos. A situação não é muito diferente com os investigadores mais antigos. A maioria dos policiais prefere utilizar armas particulares ao invés das cedidas pelo Estado.

Situação similar também ocorre na Polícia Militar. Um dos policiais que atua na linha de frente em Sinop disse que quando está em serviço anda com duas armas, uma a oficial, cedida pelo Estado e de porte obrigatório, e outra particular. “Já aconteceu de precisar usar a arma dada pelo Estado e ela não funcionar”, revela o PM.

Na quinta-feira (7), o Estado fez um ato oficial com a entrega das carteiras funcionais, armas e portarias de 150 novos investigadores que serão lotados em unidades da Polícia Judiciária Civil (PJC) no interior do Estado. No total são 439 investigadores, distribuídos em 15 municípios. Em Sinop são 42. A arma que mostramos foi uma das que o Estado entregou para “proteger” esses policiais.

 

Armados e perigosos

Um total de 648 novas armas foram adquiridas, entre os anos de 2012 e 2014, para renovar o armamento da Polícia Judiciária Civil. Foram compradas pistolas .40, espingardas calibre 12, fuzis, submetralhadoras 40 e submetralhadoras 9mm, além de 1.104 mil munições letais e não letais, para treinamento e uso nas atividades policiais. Ainda foram adquiridas 730 algemas.

No final de novembro de 2014, 20 submetralhadoras SMT 9mm, portátil, mira holográfica e lanterna embutida foram entregues a Gerência de Operações Especiais (GOE). O armamento é o que tem de mais moderno no mercado e é utilizado no cumprimento de mandado de prisão de alto risco e resgate de reféns. É um armamento letal, preciso e de fácil manuseio, destinado às equipes táticas.

As aquisições foram feitas pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) e a Polícia Judiciária Civil, e também por meio de convênios com a Secretaria Nacional de Segurança (Senasp) e dentro da Estratégia Nacional de Segurança Pública na Fronteira (Enafron), do Governo Federal.