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Sinop

Assassinato gerado por ‘briga de escola’ resulta em 13 anos de prisão

Jovem de 20 anos que quis “se vingar” é condenado por homicídio qualificado

Polícia | 14 de Abril de 2016 as 18h 09min
Fonte: Jamerson Miléski

Jheyson Tauã dos Santos, assassinado após briga de escola | Arquivo pessoal

A briga de escola que acabou em assassinato teve seu desfecho hoje, quinta-feira (24), no Fórum da Comarca de Sinop. O Tribunal do Júri condenou um jovem de 20 anos pelo assassinato do estudante Jheyson Tauã dos Santos, também 20 anos, crime ocorrido em maio de 2014, na Avenida André Maggi, periferia de Sinop. O assassino confesso irá cumprir pena de 13 anos e 4 meses. A pena foi fixada pela juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim. Ela considerou os crimes de homicídio qualificado e corrupção de menores. A sentença será em regime fechado, no presídio Osvaldo Florentino Leite, “Ferrugem”, onde está preso desde 2014.

Quando sair da prisão, terá passado mais de um terço da sua vida na cadeia. Esse será o preço pago por um jovem que não quis “deixar barato” uma confusão de escola. Um dia antes do crime, os dois jovens, assassino e vítima, tiveram um desentendimento na sala de aula. Jheyson arremessou uma cadeira no seu desafeto. No dia seguinte ele foi executado a tiros pelo estudante que acertou.

Os depoimentos de testemunhas foram cruciais para elucidar o crime. Outros estudantes da Escola Estadual Edeli Montavoni, em que os dois jovens estudavam, deram detalhes do ocorrido, narrando o desentendimento e informando que o condenado estava buscando uma arma, “a qual seria utilizada para matar Jheyson”. Jheyson foi encontrado na rua, caído, ainda consciente, quando afirmou que o réu foi o autor dos disparos.

Interrogado, o suspeito confessou o crime, mas alegou que estava se sentindo ameaçado por conta do desentendimento ocorrido no dia anterior. Ele disse que trafegava em uma motocicleta, junto com o outro acusado, quando avistou a vítima, que teria feito “um movimento, o levando a crer que sacaria uma arma, motivo pelo qual efetuou o disparo para se defender”.

O outro rapaz, de 21 anos, que conduzia a moto, foi absolvido. Para os jurados, sua participação no crime não foi comprovada. “Quando estavam na Avenida André Maggi, avistou a vítima com a moto parada e o farol desligado, tendo o réu falado que iria conversar com ela ‘de boa’. No entanto, antes mesmo de parar a moto, o acusado sacou a arma e efetuou um disparo na vítima”, narrou o acusado no processo. A juíza revogou a prisão do condutor da motocicleta, que será colocado em liberdade.

Ministério Público Estadual e defesa ainda podem recorrer.