Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Bom dia, Terça Feira 23 de Abril de 2024

Menu

Mato Grosso

Avó e bisavó não aceitavam índia enterrada viva por ser filha de mãe solteira e pai de outra etnia em MT, diz polícia

Índia foi resgatada e sobreviveu após ficar enterrada por 6 horas

Polícia | 11 de Junho de 2018 as 10h 48min
Fonte: G1 MT

Suspeitas do crime | Foto: Polícia Militar de MT

A avó e a bisavó da índia recém-nascida – que foi resgatada depois de ser enterrada viva pela família dela em Canarana, a 691 km de Sinop –, não aceitavam a criança pelo fato dela ser filha de mãe solteira e o pai ser de outra etnia. A informação consta na investigação da Polícia Civil.

A bisavó Kutsamin Kamayura, de 57 anos, está presa desde a semana passada e a avó, Tapoalu Kamayura, de 33 anos, acabou presa na sexta-feira (8).

A Polícia Civil diz que pediu a prisão da bisavó e da avó após ouvir testemunhas que falaram sobre a conduta e a participação delas no crime.

A índia recém-nascida sobreviveu depois de ficar seis horas enterrada e foi resgatada por policiais, que registraram o resgate em vídeo.

Tapoalu tinha conhecimento da gravidez da filha, de 15 anos, em razão da adolescente ser solteira e o pai da criança já ter casado com outra indígena e pertencer a outra etnia. Durante a gravidez, ela também ministrou chás abortivos para interromper a gestação, segundo os depoimentos colhidos.

Para a polícia, a mãe da adolescente premeditou e planejou junto com a bisavó. Juntas, elas planejaram o que seria feito com o bebê logo depois do parto.

A bisavó alegou que a criança não chorou após o nascimento, por isso acreditou que estivesse morta e, segundo costume de sua comunidade, enterrou o corpo no quintal, sem acionar os órgãos oficiais.

Entretanto, a investigação descartou o infanticídio praticado por algumas etnias. Tanto a bisavó quanto a avó estão presas na a cadeia pública de Nova Xavantina, a 980 km de Sinop.