Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Boa tarde, Quarta Feira 24 de Abril de 2024

Menu

Judiciário

Ex-secretário é preso pelo Gaeco na deflagração da Operação Rêmora II

Polícia | 20 de Julho de 2016 as 17h 35min
Fonte: Jacques Gosch e Eduarda Fernandes

| Foto: Tarso Nunes

Permínio  deixou o comando da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) após a Operação Rêmora, deflagrada em 3 de maio deste ano. As investigações desmantelaram esquema de direcionamento de licitação e cobrança de propina com a participação de empresários e funcionários públicos sobre obras orçadas em R$ 53 milhões.

O tucano, que assumiu a Seduc em janeiro de 2015 pela cota de indicações pessoais do governador Pedro Taques (PSDB), foi o primeiro ex-integrante do primeiro escalão a ser preso por envolvimento com corrupção. Até chegar a Permínio, a Operação Rêmora havia atingido somente adjuntos da pasta.

Antes da Operação, Permínio chegou a ser cotado para disputar a Prefeitura de Cuiabá pelo PSDB. Entretanto, o escândalo de corrupção inviabilizou o projeto político.

 

Rêmora II

O Gaeco, integrado por promotores de Justiça, delegados de Polícia, Policiais Militares e Civis, deflagrou hoje (20),  o início da segunda fase da Operação Rêmora, denominada "Locus Delicti" que tem por fim desmantelar uma organização criminosa formada por servidores públicos estaduais e empresários do ramo de construção civil organizados em cartel que distribuíram entre si diversas licitações de construção e reforma de escolas públicas estaduais junto à Seduc.

Segundo o Gaeco, Permínio participou ativamente do comando decisório da organização criminosa já denunciada. As provas indicam que no escritório mantido pelo denunciado Giovani Guizardi, localizado no Edifício Avant Garden Business, em frente à trincheira do Bairro Santa Rosa, a organização criminosa se reunia para deliberações e acerto de contas acerca dos crimes praticados  contra o Estado.  “Após a deflagração da primeira fase foi possível elucidar de forma cabal a presença física do ex-secretário Permínio na cena do crime conforme documentos obtidos nesta segunda fase junto a administradora do referido Edifício”, diz comunicado emitido pelo Gaeco.

Os integrantes do Gaeco ainda afirmam que: "Temos comprovação de que o ex-secretário da Seduc, Permínio Pinto esteve em reunião com o operador da propina Giovane Belatto Guizardi no "Quartel General" do Crime Organizado antes das reuniões ocorridas entres os empresários denunciados em que ocorreu a distribuição das obras da Seduc que sequer estavam publicadas.

Outros envolvidos já estão identificados, sendo que as investigações ainda prosseguem e novas fases não estão descartadas. Na deflagração da primeira fase da Operação Rêmora não havia qualquer indicativo da participação de Permínio Pinto nos malfeitos, sendo que a produção de novas provas a partir da deflagração da primeira fase possibilitou o avanço das investigações e o surgimento de prova de que o ex-secretário agia dentro da pasta da Seduc para finalidades espúrias.