Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Boa noite, Quarta Feira 24 de Abril de 2024

Menu

Pouco efetivo

Há apenas 18 unidades de Bombeiro para combater as queimadas em MT

Polícia | 10 de Agosto de 2015 as 08h 30min
Fonte: RD News

| Foto: Gilberto Leite/Rdnews

Mato Grosso enfrenta três entraves para o combate às queimadas ilegais. Há apenas 18 unidades do Corpo de Bombeiros, extensão territorial é muito grande, em 903,3 mil km², e a falta de conscientização da população em não atear fogo. Diante do cenário, o efetivo de aproximadamente 1,1 mil soldados é insuficiente para toda a demanda. “Esse período é crítico. Não conseguimos estar em todo o lugar”, lamenta a secretária estadual de Meio Ambiente, Ana Luiza Peterlini, em entrevista ao Rdnews.

Não é a toa que de janeiro até agora o Estado tenha registrado mais de 7,1 mil focos de calor, de acordo com balanço do Instituto Nacional de Pesquisa e Meteorologia (Inpe). Com isso, MT abre vantagem de mais de 2,5 mil focos em relação ao segundo colocado, Maranhão. “Nem todos os focos são queimadas, mas a maior parte é”, ressalta o tenente coronel Paulo André Barroso, comandante do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA).

Por outro lado, no comparativo mensal, os números indicam que a população parece respeitar o período proibitivo de queimadas, de 15 de julho a 15 de setembro. Isso porque no último mês, o Estado ocupou o terceiro lugar na lista do instituto, com 489 pontos de calor. Perdeu para Maranhão, com 1.033 e Pará, com 763.

Apesar disso, a secretária entende que há uma necessidade constante de realizar trabalhos de orientação e prevenção às queimadas. “Porque é cultural mesmo. O hábito de desmatar, colocar fogo para fazer limpeza. O povo coloca fogo para limpar terreno baldio, fogo no lixo”, observa.

Outro problema, quando há efetivo, é a falta de capacitação para tal função. “Temos inúmeros incêndios que não são medidos, não temos técnicos suficientes. Quando é suficiente não são capacitados para fazer a medição conforme determina a legislação”, explica Barroso. Diante dessa situação, muitas vezes o incêndio florestal não é considerado desastre ambiental porque não é quantificado. “Sem a quantificação não atinge determinados índices que são previstos para ser considerado desastre”.

 

Queimada ou foco de calor

De acordo a secretaria estadual de Meio Ambiente (Sema), a relação entre queimada e foco de calor nem sempre é direta. O foco de calor é registrado quando há temperatura superior a 47°C. Já a queimada deve ser autorizada pela secretaria e consiste em utilizar o fogo de forma controlada para viabilizar a agricultura ou renovar pastagens.