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Crueldade

Menina de dois anos morta por mãe e padrasto foi chutada várias vezes na cabeça

Casal foi preso durante o velório da criança

Polícia | 08 de Maio de 2015 as 20h 15min
Fonte: Márcia Costanti, do R7

Mulher chegou a alegar que foi ameaçada pelo companheiro | Record Minas

A menina de dois anos morta pela mãe e o padrasto em Juiz de Fora, tinha voltado para casa há cerca de um mês. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Rolli, Luana Rocha da Silva foi entregue aos tios maternos quando tinha quatro meses. A mãe dela, Franciele da Silva Gabriel, de 25 anos, retomou a custódia da filha no dia 12 de abril.

Franciele e o marido, Leonardo José Otaviano, de 28 anos, foram detidos durante o velório da criança. Inicialmente, o policial ainda iria averiguar a participação da mãe no assassinato. No entanto, ele alega que foi comprovado, por meio do relato de familiares, que a mulher era "uma pessoa negligente, que nunca quis tomar conta da filha".

— A criança nunca foi cuidada pela mãe, ela sempre foi negligente, uma pessoa que nunca teve amor para com a menina. Nós vimos que ela teve um comportamento omisso perante o que aconteceu. A família já desconfiava disso [do crime], já que ela não demonstrava dor nenhuma, nenhum sofrimento e nenhuma lágrima durante o velório.

O casal será indiciado por homicídio triplamente qualificado já que o crime foi cometido por motivo fútil, houve tortura contra a criança e a vítima não tinha condições de se defender. Eles confessaram que Luana foi espancada durante uma briga "boba". Franciele afirmou que deu um tapa na filha e que o companheiro chutou a garotinha na cabeça até a morte.

Parentes ainda contaram que, por volta de 5h da última quinta-feira (7), os suspeitos comunicaram o fato. Eles disseram que ela havia caído da cama, mas depois mudaram a versão e falaram que a queda tinha sido no banheiro. Desconfiada, a médica legista do IML (Instituto Médico Legal) alertou o delegado, já que as lesões gravíssimas da garota não eram compatíveis com a morte acidental.

Os dois suspeitos foram retirados do velório e levados para a delegacia, onde confessaram o crime. Franciele contou que tentou defender a filha dos chutes, mas foi ameaçada de morte pelo companheiro e, por isso, teve medo de denunciá-lo. O delegado Rodrigo Rolli, que pediu a prisão de Otaviano, vai decidir se também responsabiliza a mãe da menina pelo homicídio, os motivos da briga ainda não ficaram esclarecidos.

Rolli explica ainda que Otaviano já tinha passagens por agressão e violência doméstica contra outras mulheres. Ele foi encaminhado para o Ceresp de Juiz de Fora. Já Franciele está na Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires. Eles podem pegar mais de 30 anos de prisão.