Marãiwatsédé
MPF aciona governo, Funai e 13 pessoas por danos causados a indígenas durante a ditadura
Segundo o MP, 85 indígenas morreram após remoção da terra em 1966
Polícia | 28 de Abril de 2017 as 10h 29min
Fonte: G1 MT
O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com uma ação na Justiça Federal contra a União, o governo do estado, a Fundação Nacional do Índio (Funai) e 13 herdeiros das terras da fazenda Suiá-Missu por danos materiais e morais sofridos pela comunidade indígena Xavante da Terra Indígena Marãiwatsédé, na região Nordeste de Mato Grosso, durante a ditadura militar. A reportagem não conseguiu contato com as partes requeridas na ação.
A área Xavante tem 165 mil hectares e fica entre as cidades de Alto Boa Vista, São Félix do Araguaia e Bom Jesus do Araguaia. A ação movida pelo MPF junto à Justiça Federal de Barra do Garças, a 984 km de Sinop, pontua os danos causados aos indígenas devido a sua remoção forçada do território tradicional deles em meados de 1966.
Conforme o MPF, um levantamento feito recentemente pela Comissão Nacional da Verdade aponta que 85 dos 8.350 indígenas mortos em decorrência da ação direta do governo ou de sua omissão durante a ditadura militar eram xavantes da TI Marãiwatsédé.
Na ação, o órgão faz uma contextualização histórica de como se deu a remoção da comunidade indígena da TI Marãiwatsédé, relatando como o povo indígena foi submetido a regime de trabalho análogo à escravidão ao ser utilizado como mão-de-obra quando da instalação da Fazenda Suiá-Missu, que naquela época seria financiada por incentivos fiscais e creditícios do governo federal.
De acordo com o MPF, apesar de ter cedido as terras para a União, em março de 1950, a fim de que fosse feita a demarcação do território Xavante dentro de um período de dois anos, o governo do estado alienou a área, em seguida, para terceiros, que vieram a instalar a Agropecuária Suiá-Missu. Consta na ação que os indígenas tentaram resistir à invasão, mas muitos morreram diante do uso de armas de fogo por parte daqueles que faziam a demarcação da fazenda.
Os proprietários da fazenda, então, propuseram aos indígenas que fundassem uma nova aldeia perto da sede da fazenda, onde eles trabalharam na derrubada da vegetação nativa para formação de pistas de pouso de avião, de roças e de pastos para a criação de gado. Segundo o MPF, os indígenas recebiam apenas comida pelo serviço, “o que pode ser caracterizado como um regime de trabalho análogo à escravidão”.
Notícias dos Poderes
Jovem de 27 anos é encontrada morta dentro de apartamento em Cuiabá
25 de Abril de 2024 as 13h59Dupla é detida após roubo de veículos em Sinop
Na fuga um dos veículos se envolveu em um acidente
25 de Abril de 2024 as 11h34Acusado de matar jovem em Sinop é preso na Argentina
Suspeito foi detido em um hospital
25 de Abril de 2024 as 08h02Após assassinatos, empresária ri e aponta arma para câmera
Ínês Gemilaki, seu filho e o cunhado invadiram residência e mataram duas pessoas em Peixoto
25 de Abril de 2024 as 00h24Condenado por duplo homicídio foge da prisão em Sinop
Suspeito cometeu o crime no ano de 2018
24 de Abril de 2024 as 19h25Carga de cocaína encontrada em compartimento falso de caminhão frigorífico é avaliada em R$ 6 milhões
Veículo foi abordado por apresentar irregularidades no insufilm, mas reação dos cães farejadores levantou suspeitas
24 de Abril de 2024 as 13h42Policiais acionam a Justiça para que diretor do Ferrugem não se recuse a receber presos
Diretor se recusava a receber presos provisórios antes da Polícia Civil realizar a audiência de custódia
24 de Abril de 2024 as 11h11Mãe e padrasto são acusados de amarrar pênis de criança
Polícia Civil diz que órgão genital do menino pode ser amputado; casal está preso
24 de Abril de 2024 as 08h00