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Polícia Civil autua mulheres por tortura qualificada que resultou em morte de criança

Polícia | 28 de Novembro de 2019 as 14h 06min
Fonte: Redação com assessoria

As duas mulheres envolvidas na morte da criança Davi Gustavo Marques de Souza, de 3 anos, no município de Nova Marilândia (392 km a Médio-Norte de Cuiabá) foram autuadas em flagrante pela Polícia Judiciária Civil nesta quarta-feira (27.11), após uma série de diligências que comprovaram a prática do crime.

A mãe da criança, Luana Marques Fernandes, 25, e sua convivente, Fabíola Pinheiro Bracelar, 22, foram autuadas pelo crime de tortura qualificada com resultado morte, considerando que a vítima morreu devido a intenso sofrimento físico ocasionado pelas graves lesões.

As investigações iniciaram na noite de terça-feira (26), quando a vítima foi deixada no Pronto Atendimento de Nova Marilândia, já sem vida, pela convivente de sua mãe. O caso levantou imediatas suspeitas, uma vez que nenhuma pessoa responsável ficou na unidade de saúde para acompanhar a criança.

Diante dos fatos, a equipe da Polícia Militar saiu em buscas das duas mulheres, conseguindo localizar as suspeitas próximas da casa em que residiam. Elas foram conduzidas à Delegacia de Nortelândia, onde o delegado Marcelo Henrique Maidame assumiu as investigações.

O laudo médico apontou como causa da morte espancamento e esmagamento, uma vez que além das lesões externas, foram identificados no menino vários pontos de hemorragia interna na região do abdômen.

Ao longo do dia, a equipe da Polícia Civil realizou diligências com objetivo de apurar o envolvimento das duas mulheres no crime. Durante os trabalhos, várias testemunhas foram ouvidas, confirmando que a criança vinha sofrendo constantes agressões por parte das suspeitas.

Em uma ocasião, o menino chegou a ser atropelado pela convivente da mãe, que o prensou contra o portão da casa. Quando questionadas sobre os hematomas na criança, elas alegavam que ele havia se machucado jogando futebol.

Na ocasião, ao tomar conhecimento dos fatos, o pai da criança trouxe o filho à Capital para tratamento adequado. Exames comprovaram que o menino não poderia ter se machucado jogando bola, uma vez que o fêmur estava quebrado em diferentes pontos. O pai já tinha entrado com o pedido da guarda do filho na justiça.

Interrogada pelo delegado Marcelo Maidame, a suspeita Fabíola (convivente) confessou que espancou o menino e que o agredia com frequência, com o fim de corrigi-lo pelo fato de ele ser muito arteiro e desobediente. A mãe da criança negou os fatos e disse que estava no trabalho quando o filho foi espancado.

“É um caso de grande repercussão, ficando claro o envolvimento das duas suspeitas, Fabíola que confessou o crime e Luana que era, no mínimo, conivente com a situação sofrida pelo filho”, disse o delegado.

As duas foram encaminhadas para unidade prisional feminina de Nortelândia e nesta quinta-feira (28) passarão por audiência de custódia na cidade de Arenápolis.