Homícidio
Polícia Civil indicia irmãos acusados de assassinar universitária
Polícia | 12 de Agosto de 2015 as 19h 15min
Fonte: Midia News
Os irmãos Roni e Fernando Santos, suspeitos de matar a estudante de Direito, Isabella Cazado, de 22 anos, foram indiciados por crime hediondo pela Polícia Civil.
O crime ocorreu em 31 de maio, na cidade de São José do Rio Claro (325 km ao Norte de Cuiabá). A estudante foi morta a tiros, dentro do carro do namorado, Roni.
O rapaz, de 23 anos, permanece foragido. O seu irmão, Fernando, de 21 anos, teve a prisão temporária convertida para prisão preventiva. Ele deverá aguardar o julgamento na cadeia.
Fernando foi preso no dia 12 de junho, sob acusação de ter dado o tiro que matou a estudante.
O mandado de Roni também foi convertido para prisão temporária. O documento tem validade de 20 anos e as buscas pelo rapaz continuam.
No início deste mês, o pai da dupla também foi preso por porte ilegal de munição. Ele respondia em liberdade por um homicídio.
Porém, em razão das munições encontradas, passou a cumprir pena em regime fechado, segundo a Polícia Civil.
De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Nilson Farias, o indiciamento por crime hediondo foi feito no sábado (8).
A acusação ocorreu pelo fato de a jovem ter sido vítima de feminicídio, crime que passou a ser considerado hediondo.
“O crime hediondo não aumenta o tempo da prisão, mas dificulta o cumprimento da pena porque reduz as chances de progressão", explicou.
Farias disse que a pena dos dois irmãos pode ser de até 30 anos de prisão. Ele disse que o namorado da estudante foi visto em São José do Rio Claro na terça-feira (11).
“Recebemos a denúncia de que o Roni havia sido visto na cidade, mas realizamos buscas e não conseguimos localizá-lo”, disse.
O delegado não descartou a hipótese de o rapaz estar propenso a se entregar à Polícia.
“Também há a possibilidade de ele ter vindo fazer vingança, por causa da prisão do pai e do irmão”, declarou.
O caso
Isabella Cazado foi atingida por dois tiros, sendo um no peito e um na cabeça, e morreu após dar entrada no hospital da cidade.
Segundo policiais que atenderam a ocorrência, o casal havia saído de uma lanchonete, no centro da cidade, e entrou discutindo dentro do carro.
Além do casal, testemunhas afirmaram, em depoimento, ter visto Fernando no banco traseiro do carro, na noite do crime.
Conforme o delegado Nilson Farias, o exame de necrópsia apontou a existência de um orifício provocado por disparo de arma de fogo na região da nuca de Isabella.
Ele explicou que um projétil foi encontrado na parte dianteira, na frente do câmbio.
Dessa forma, segundo o delegado, a polícia deduz que o disparo na nuca só pode ter partido de uma terceira pessoa que estava no banco de trás do veículo.
Isabella cursava o 9º semestre do curso de Direito no campus da Unemat (Universidade do Estado de Mato Grosso), em Diamantino (208 km a Médio-Norte da Capital).
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