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Conduta policial

Som alto entre vizinhos acaba com pneus perfurados e inquérito policial em MT

Morador acordou com os pneus do veículo perfurados com faca e ligou para o vizinho

Polícia | 24 de Outubro de 2017 as 16h 05min
Fonte: André Jablonski

Camionete com os pneus perfurados | Foto: Divulgação

A Delegacia de Policia Civil de Tabaporã, a 167 km de Sinop, abriu um inquérito policial para investigar a conduta de um soldado da Polícia Militar durante o atendimento de uma ocorrência no último domingo (22) no centro da cidade. Segundo o comunicante, o policial entrou na residência e efetuou a prisão com truculência na frente da esposa e filhos.

De acordo com o boletim de ocorrência, na madrugada anterior da prisão, o madeireiro, de 41 anos, denunciou, através do 190, o barulho emitido pelo vizinho durante uma festa promovida na residência. [SIC] “Ele faz o baile e coloca musica de besteira pra tocar, não dá pra dormir”. Relatou o morador.  

A Polícia Militar cumpriu a solicitação e determinou a redução sonora no local.

Segundo o madeireiro, a camionete Chevrolet –S10 estacionada em frente da residência amanheceu com três pneus perfurados e acusou o vizinho. “Eu liguei para o dono da casa e quando ele chegou, tirei a chave do carro da mão dele e só devolveria se ele pagasse os pneus da minha camionete”. 

A Polícia Militar enviou outra guarnição no local conduzida pelo soldado. O madeireiro narra que o policial determinou a devolução da chave, ordem rejeitada pelo comunicante, que refugiou para dentro da residência.  “Eu disse pra ele que só entraria na minha casa se tivesse ordem judicial”.

Ainda de acordo com o depoimento, o soldado ligou para o Capitão Fontes da Polícia Militar de Juara, a 408 km de Sinop, e solicitou autorização para entrar na residência. “Ele entrou com a arma em punho e disse que se eu reagisse, iria atirar”.  

A esposa, de 36 anos, e os filhos, de 10 e 14 anos, presenciaram a prisão sob resistência do madeireiro, causando a quebra da vidraça da sala de estar. Após a contenção, a chave do veículo foi devolvida.

O madeireiro narra que ficou cerca de seis horas na delegacia, acompanhado da esposa, enquanto isso, o soldado voltou à residência “Ele revirou a casa e disse para meus filhos que não era para chorar”.

O Delegado Albertino Felix investiga ainda a presença de três policiais militares na festa, acusados de testemunharem a perfuração dos pneus com a faca. Todos os citados no boletim de ocorrência serão intimados para depor.

O capitão citado na reportagem nega a autorização dada ao soldado para entrar na casa.