Câmara abre os trabalhos votando calendário e elegendo corregedor

Luciano Chitolina foi o escolhido para apurar desvios de condutas de outros vereadores

A Câmara de vereadores de Sinop realizou nesta segunda-feira (6), a primeira sessão ordinária do ano de 2017. Foi o começo do trabalho da nova legislatura, eleita em 2016, que conserva apenas 3 vereadores do mandato anterior.

A primeira sessão teve tom administrativo. O único projeto em pauta foi o calendário do legislativo para 2017. Serão 43 sessões ordinárias ao longo do ano, sendo a última em 18 de dezembro. A nova legislatura também conservou o recesso de meio do ano, com 20 dias de folga entre o final de julho e início de agosto. Maio e outubro serão os meses com maior número de sessões: 5 no total.

A mesa diretora também expos a portaria 076/2017, que altera o horário das sessões. Neste ano, os trabalhos da Câmara começarão às 18h das segundas-feiras, e não as 17h, como ocorria desde 2013.

O presidente da Câmara, Ademir Bortoli (PMDB), também anunciou o novo corregedor. Luciano Chitolina (PSDB), foi o escolhido para o cargo. A função do corregedor é apurar desvios de conduta de Vereadores, analisar denúncias em casos de quebra de decoro, bem como zelar pelo cumprimento do código de ética e apontar as sanções previstas no regimento interno. “Agradeço a credibilidade e confiança dos Vereadores e a indicação do Vereador Fernando Brandão. Tenho certeza que cada um nesta casa honrará os votos recebidos pela população respeitando nosso código de ética para que a corregedoria não precise ser acionada, mas se for necessário estamos à disposição desta casa e da sociedade”, declarou Chitolina.

O mandato do corregedor tem validade de 2 anos e deve ser substituído a cada eleição da mesa diretora. O último corregedor da Câmara foi Fernando Assunção (PSDB), no biênio 2013-2014. A casa de leis ficou os últimos dois anos sem ter um corregedor empossado.

Conduta discutível

Antes mesmo de ser anunciado como novo corregedor, Luciano Chitolina fez seu primeiro discurso na tribuna da Câmara. No pequeno expediente, o vereador pediu à presidência da Casa que reestabeleça a comissão formada em 2016 para acompanhar o processo de indenização dos proprietários de terras que serão atingidas pela barragem da Usina Hidrelétrica de Sinop. Em sua fala, Chitolina disse que assentados e produtores rurais estão sendo “atropelados” pela empresa responsável pela execução da usina. O vereador afirmou que o maior problema está na Gleba Mercedes 5, onde o valor oferecido pela indenização dos lotes não corresponde ao valor dos bens. “Eles estão largados aos tigres”, disse Chitolina.

Entre esses proprietários de terra da Gleba está o próprio vereador, que tem uma área no assentamento.