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Água e esgoto

Concessão em Sinop pode se tornar referência

Estudo e exemplos demonstram que água e esgoto universalizados estão em andamento

Política | 13 de Abril de 2015 as 10h 00min

A concessão dos sistemas de água e esgoto de Sinop, um dos maiores municípios de Mato Grosso no final do ano passado foi apontado por Gesner Oliveira, doutor em economia pela Universidade de Califórnia, Berkeley, mestre em economia pela Unicamp e bacharel em economia pela USP, como um exemplo a ser seguido por outras cidades, sob pena de em até duas ou trës décadas, a população passar por graves problemas de saúde pública por falta de água e esgotamento sanitário.

Gesner de Oliveira e o jornalista Carlos Tramontina foram os palestrantes do "Agenda Encontro com Jornalista", realizado no final de semana em Cuiabá a pedido da CAB Ambiental, concessionária de água e esgoto da Capital de Mato Grosso, desde 2013.

Ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE e da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo - Sabesp, Gesner de Oliveira sinalizou que independente da fonte dos recursos, pública ou privada, se não houver uma continuidade anual no nível de investimentos e a conscientização da população, não apenas na cobrança dos governantes, mas no espírito cívico em não poluir os rios e economizar água, a tendência é de crises interminaveis em relação a questão da água e do esgoto que são essenciais para outra grave questão, a saúde pública.

Desde novembro do ano passado,o sistema de água e esgoto de Sinop passou a ser gerenciado pela Águas de Sinop, empresa da controladora Nascentes do Xingú, que pertence ao Grupo AEGEA SANEAMENTO.

A empresa administra concessões em 24 cidades de Mato Grosso e Pará, atendendo mais de 520 mil pessoas por meio dos serviços de distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto, sendo que a Nascentes do Xingu faz parte da AEGEA Saneamento, empresa detentora de 16% do mercado privado de saneamento do país.

Em relação a Mato Grosso, duas cidades, Sorriso e Primavera do Leste que estão sob gestão da AEGEA Saneamento e a Nascentes do Xingu desde o ano 2000, portanto, próximo de completar 15 anos, estão com 100% da captação, tratamento e distribuição da água atendendo a toda população e ainda tem capacidade para cumprir eventuais ampliações em seu sistema.

Nestas cidades, além de outras em Mato Grosso e Pará, bem como na Capital de Mato Grosso do Sul, Campo Grande e diversas cidades espalhadas no país, aquelas que já tem água universalizada, estão sendo inseridas na questão do saneamento básico, ou seja, coleta de esgoto sanitário, tratamento e devolução de água em ótima condição para os rios e lagos.

A Nascentes do Xingu estima investimentos iniciais de 339 milhões para explorar por 30 anos o sistema de água e esgoto e estão constantemente prestando contas para a sociedade e para a administração do prefeito Juarez Costa (PMDB) que acredita no fim de 10 anos, Sinop estará com 100% da água universalizada e em até 20 anos estar com toda a rede de esgoto atendendo também a população.

"É preciso compreensão de que, durante o trabalho que é oneroso, caro e depende de toda uma logística para ser implementado, também existe o crescimento da cidade, seja ele populacional, seja de imóveis residenciais, comerciais, empresariais e industriais, então é necessário se cuidar e resolver os problemas que já existem e não descuidar dos futuros, para que Sinop não passe por problemas como a maior cidade do Brasil, São Paulo, com mais de 11 milhões de habitantes e que é a setima maior do Mundo, pela falta de água e a necessidade emergencial de obras e investimentos para reverter o quadro desalentador", disse Gesner de Oliveira.

O jornalista Carlos Tramontina da Rede Globo de Televisão relatou suas experiências quanto a questão da água em São Paulo, a poluição dos rios e a necessidade de se criar consciência coletiva de gestores públicos e da população para que providencias sejam tomadas para se evitar o pior.

Ele relatou a história dos dois maiores rios de Seul, capital da Coréia do Sul, o Han e o Cheonggyecheon que estavam entre os mais poluídos do mundo, assim como o Tietê de São Paulo e foram limpos em tempo recorde, numa média de 4 anos se tornaram mais do que limpos, são habitados e ponto turistico de grande vsitação mundial. Tramontina lembrou que mais de US$ 1 bilhão de dolares já foram consumidos em quase 20 anos para limpar o Tietê em São Paulo sem sucesso.

Para ambos, é necessário que exista um esforço concentrado de gestores públicos e população para se reverter o atual quadro vivido em São Paulo, seja através de concessões dos serviços para a iniciativa privada ou através de ações públicas mas com investimentos corretos e que tenham resultados positivos para todos, pois investir em água e saneamento é assegurar acesso de todos a uma saúde de melhor qualidade

Para Gesner e Tramontina, Sinop está no caminho certo, até mesmo pela empresa que assumiu os serviços já ter know-how em outros municípios com problemas maiores e com resultados mais do que satisfatórios e exemplares.