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Sinop

Definidos os vereadores que irão investigar gastos com luminárias

Câmara nomeou os 7 membros de compõem a CPI. PSDB ficou de fora

Política | 05 de Maio de 2020 as 09h 27min
Fonte: Jamerson Miléski

Foto: GC Notícias

A Câmara de Sinop nomeou nesta segunda-feira (4), os 7 vereadores que irão compor a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que irá apurar a compra de luminárias ornamentais, em um contrato na ordem R$ 11,9 milhões. Integram a comissão os vereadores Ícaro Severo (PSL), Leonardo Visera (Patriotas), Lindomar Guida (PRB), Professora Branca (PL), Tony Lennon (Podemos), Maria José (MDB) e Billy Dal’Bosco (DEM). O único partido existente na Câmara não representado na CPI foi o PSDB. A agremiação, que conta com 3 vereadores decidiu não integrar a investigação por estar envolvida em outras duas CPI’s que estão em curso: a da saúde e do nepotismo.

De acordo com o presidente da Câmara, Remídio Kuntz (PRB), a CPI terá prazo de 120 dias para realizar as apurações e apresentar o relatório final. Esse prazo pode ser estendido por mais 60 dias. No caso de extrapolação dos prazos, a CPI encerraria após o período eleitoral, em novembro.

A CPI irá investigar uma compra de luminárias ornamentais feita pela prefeitura, no total de R$ 11,9 milhões. A investigação vai cobrir todo o procedimento de licitação, averiguando se houve superfaturamento no orçamento proposto pelo edital de licitação. Ainda na descrição do fato a ser investigado, o requerimento de CPI inclui as despesas da prefeitura de Sinop relacionadas à iluminação pública desde 2017 – quando começa a gestão da atual prefeita, Rosana Martinelli (PL).

O GC Notícias trouxe o caso à tona no dia 4 de março desse ano, quando publicou uma reportagem sobre a compra. A aquisição foi feita através do Pregão Presencial 070/2019. O certame teve como objetivo a aquisição de 1.500 luminárias de alumínio e LED, com postes de aço galvanizado – do mesmo modelo das já utilizadas nas pistas de caminhada das avenidas da cidade.

O valor inicial orçado pela prefeitura era de R$ 12 milhões. Apenas duas empresas disputaram a licitação. A melhor proposta foi R$ 61,5 mil a menos do valor teto estabelecido pelo edital.

A vencedora da licitação foi a empresa Master Led Materiais Elétricos e Construção Eireli – uma ME aberta em 2017, com sede em Goiânia. Essa empresa aceitou vender as 1,5 mil luminárias para prefeitura por R$ 11,9 milhões.

A outra empresa que disputou o pregão foi a Luz & Cia, uma empresa com sede em Cuiabá fundada em 1990. A proposta da Luz & Cia foi R$ 56 mil maior que a concorrente de Goiânia. Inclusive, em um dos itens, a proposta foi no mesmo valor do teto fixado pelo edital.

 

O que está na conta?

A compra que a prefeitura fez é dividida em dois itens diferentes. O primeiro são 500 unidades de luminárias com 80 amperes, lâmpadas de 125w em formato de disco de LED e postes com 4,5 metros de altura. Por cada uma dessas luminárias a prefeitura vai pagar R$ 6.485,00.

O segundo item são luminárias mais potentes, 170w, com postes tubulares de 5 metros e bases de concreto. São mil unidades dessa peça, cada uma ao custo de R$ 8.730,00.

No edital a prefeitura explica que as luminárias serão aplicadas na conservação e manutenção da iluminação pública do município, sendo instaladas em locais onde não há iluminação existente ou substituindo as lâmpadas e luminárias convencionais. A opção pelo LED, argumenta a gestão, deve-se pela maior luminosidade e durabilidade que o material confere.

A prefeitura também explica que, por se tratar de material de natureza específica e ornamental, foi necessário estabelecer um padrão visual.