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Delação

Delator diz que Leitão usou dinheiro da Educação para enriquecer ilicitamente

Alan Malouf informou a justiça que Leitão era uma das partes beneficiadas no esquema

Política | 22 de Outubro de 2018 as 09h 32min
Fonte: Redação com Gazeta Digital

O deputado federal, Nilson Leitão (PSDB) usou o dinheiro de propina drenado da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) por meio de licitações fraudadas para pagar dívidas de campanha e para enriquecer ilicitamente. É o que diz a delação do empresário Alan Malouf, cujo sigilo foi retirado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (21). Segundo o delator, Leitão participava do “núcleo político” do esquema junto com o deputado federal Guilherme Maluf (PSDB). O deputado federal é quem teria sido o responsável pela indicação de Permínio Pinto para o comando da secretaria de Educação. Era o titular da Pasta, conforme Malouf, quem arrecadava o dinheiro desviado de obras e o fazia chegar até o congressista tucano. 

Ainda de acordo com a delação, Leitão usava o dinheiro sujo para pagar dívidas de sua campanha eleitoral de 2014, assim como também o fariam Guilherme Malouf e o governador Pedro Taques (PSDB). O parlamentar, no entanto, também teria acumulado riquezas, beneficiando-se diretamente da corrupção na Seduc.  

Permínio Pinto recebia, segundo Malouf, 25% do dinheiro arrecadado com as construtoras via cobrança de propina. O valor era dividido com Leitão, mas o delator não detalhou em depoimentos a exata quantia que teria ficado com o deputado.  

Malouf relata apenas que soube através do empresário Giovani Guizardi que Leitão, Permínio e o servidor Fábio Frigeri foram os “fundadores” do esquema de corrupção na Pasta. 

Em outro trecho, cita de forma breve um pagamento realizado por Ricardo Sguarezi, dono de uma construtora que tinha contratos com o Estado. O empresário teria desembolsado um valor “por fora” para pagar dívidas de uma gráfica que pertencia a Nilson Leitão. De acordo com Alan Malouf, o pagamento foi feito por meio de cheques. Apesar de citar o caso, a delação não traz mais detalhes sobre os pagamentos ilegais, nem qual teria sido o valor desembolsado por Sguarezi para pagar as dívidas.  

Maluf contou também que foi informado da liderança de Leitão no esquema em reunião com Guizardi, quando o empresário tentava convencê-lo a entrar no grupo para conseguir, com o aval do governador Pedro Taques (PSDB), quitar as dívidas da campanha dele próprio.  

Ao todo, o empresário confessou ter conseguido arrecadar R$ 200 mil em propina enquanto participou do esquema.