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Sinop

Ex-servidora confessa que inventou história que cassou vereador

Fernando Brandão usa a carta de confissão para tentar reaver seu mandato

Política | 15 de Maio de 2018 as 12h 09min
Fonte: Jamerson Miléski

O vereador de Sinop, Fernando Brandão (PR), cassado em agosto do ano passado, tenta por mais uma vez recuperar o seu mandato. Ele protocolou nesta segunda-feira (14), na Câmara de vereadores, um pedido para anulação do processo de cassação. O documento é baseado em uma carta de confissão, assinada pela ex-servidora Nilza Assunção de Oliveira. Ela foi assessora de Brandão e a principal denunciante do suposto esquema de mensalinho – em que o vereador cobrava para si parte do salário dos servidores lotados em seu gabinete.

Na carta com firma reconhecida em cartório, Nilza narra com flagrante arrependimento os fatos que levaram à cassação do vereador. Ela admite que em conluio com o também assessor Silvanildo Lucena, inventou que Brandão cobrava parte dos salários dos seus assessores. A intenção, segundo Nilza na carta, era atingir a chefe de gabinete do vereador, Viviane Bugarelli, em razão de divergências internas. “Depois de reeleito o Fernando começou a tratar os assuntos de gabinete de forma diferente de como trata antes, deixando de atender todos os assuntos pessoalmente e passando grande parte das coisas por conta da sua então chefe de gabinete, Viviane Bulgarelli, e foi ai que começou a minha indignação e chateação, pois Viviane começou a humilhar as pessoas, se achando superior a todos”, relata a ex-servidora na carta.

Nilza revela que combinou os detalhes da história com o ex-servidor, Sivanildo Lucena. Ela disse que não recebeu dinheiro de outras pessoas para fazer as declarações e que também não imaginava que o processo resultasse na cassação do vereador. O único propósito era fazer com que Brandão demitisse sua chefe de gabinete.

Com a confissão, o advogado do vereador solicitou que o processo de cassação seja declarado nulo. O GC Notícias conversou com o presidente da Câmara, Ademir Bortoli (PMDB). De acordo com o presidente, o processo não pode ser revertido por ato administrativo. “Encaminhei a demanda do ex-vereador para o departamento jurídico da Câmara, que irá emitir uma resposta até o final da tarde desta terça-feira (15). A partir disso, acredito, que caiba ao advogado do Brandão entrar com um processo na justiça. Só poderei anular o processo de cassação com uma ordem do judiciário”, informou Bortoli.

Brandão foi um dos 3 vereadores reeleitos da atual legislatura. Ele está afastado desde agosto de 2017. Sua cadeira foi ocupada pelo primeiro suplente da coligação, Remídio Kuntz.

Confira abaixo a carta na íntegra