Gaeco procura “câncer” da Assembleia Legislativa

Operação Metástase prende 21 pessoas sob suspeita de desviar R$ 2 milhões da Assembleia

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), em conjunto com o Núcleo de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa do Ministério Público Estadual, deflagrou na manhã dessa quarta-feira (23), a Operação Metástase. As investigações apontam desvios na ordem de R$ 2 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa. As fraudes, conforme o Gaeco, foram cometidas por meio de compras fictícias de marmitas e materiais gráficos com a utilização de verbas de suprimentos, entre os anos de 2011 a 2014.

Foram expedido 22 mandados de prisão sendo que 21 já foram cumpridos. Os presos são funcionários ou ex-funcionários da Assembleia Legislativa. Entre eles estão alguns assessores lotados, atualmente, nos gabinetes dos deputados Janaína Riva e Gilmar Fabris, ambos PSD. Outro servidor seria ligado ao ex-deputado estadual e ex-presidente da Assembleia, José Riva. O único foragido é apontado pelo MP como 'motorista da deputada Janaina'. Informações extraoficiais apontam que as fraudes ocorriam na verba para compra de suprimentos. Os promotores ainda não detalharam como ocorriam as fraudes.

Policiais militares, civis, promotores e até homens do Bope estão envolvidos nesta operação. São aproximadamente 80 agentes públicos cumprindo as ordens judiciais. A operação é resultado do compartilhamento de informações da operação “Ararath”. A prisão dos servidores, conforme o Gaeco, busca ajudar na identificação dos líderes da organização e o destino dado ao dinheiro desviado. As prisões são temporárias e poderão ser prorrogadas ou convertidas em preventiva, de acordo com a necessidade.

“Metástase” é o nome dado a formação de uma nova lesão tumoral a partir de outra, mas sem continuidade entre as duas. Metástases só se formam em tumores malignos.