Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Bom dia, Sábado 20 de Abril de 2024

Menu

Sinop

Joaquim rebate: ‘Quem faz política canalha é Pedro Taques’

Maior crise na saúde pública do Estado é resultado de um desgoverno, declara o conselheiro

Política | 16 de Janeiro de 2018 as 10h 47min
Fonte: Jamerson Miléski

No final da tarde desta segunda-feira (15), o governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), se prestou a gravar um vídeo para falar sobre a liberação dos recursos – oriundos de repasses atrasados – para o Hospital Santo Antônio de Sinop. Taques credita a “conquista” aos seus aliados políticos, deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (DEM), e deputado federal Nilson Leitão (PSDB), atacando a prefeita Rosana Martinelli (PR). O governador disse que “o município também precisa fazer sua parte”, e que a saúde está só sob a responsabilidade do Estado. “Eu não faço politicalha com a saúde”, disse o governador.

O ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e pré-candidato à governador, Antonio Joaquim, retrucou a declaração: “Quem faz política canalha é Pedro Taques”. Joaquim foi uma das várias lideranças políticas que repudiaram a atitude do governador de dedicar sua energia para criar uma intriga com a prefeita, tentando transmitir a sua responsabilidade para os gestores municipais. “O problema da saúde pública não é um luxo de Sinop. A crise da saúde está em Cáceres, em Alta Floresta, em Pontes Lacerda, em Rondonópolis, enfim, no Estado inteiro, graças a ausência do governo, que não cumpre suas obrigações. Se ele [Taques] se dirige dessa forma à prefeita Rosana, terá que tratar com os mesmos termos os demais prefeitos do Estado. Rosana acabou de ganhar uma eleição, não está fazendo politicagem. Taques deveria saber respeitar a decisão da população que a escolheu e fazer o seu papel, ao invés de construir a discórdia, que é o que ele tem feito de melhor”, criticou o conselheiro.

Para Joaquim, o termo “politicalha”, utilizado por Taques, exprime perfeitamente o que tem sido esse governo. “Essa palavra sugere a junção de política com canalha. Política canalha é ver crianças morrendo por falta de leitos de UTI e tentar dizer que o problema de saúde é de responsabilidade dos municípios. Política canalha é atrasar, de forma sistemática ao longo dos 3 últimos anos, os repasses da saúde e dizer que os prefeitos precisam fazer sua parte. Política canalha é segurar os recursos dos Fethab, que são por lei direito das prefeituras, para resolver seus problemas de gestão. Política canalha é grampear adversários políticos, é passar 3 anos sem mexer um palmo no VLT, é perseguir adversários, acorrentar aliados e dizer que os problemas do Estado foram feitos por outros, se eximindo da responsabilidade... ...Taques é um déspota”, criticou Joaquim.

O ex-conselheiro diz que Taques tomou conhecimento do rombo de R$ 200 milhões na saúde pública, em dezembro de 2014, quando foi realizada a transição de governo. “São problemas que ele herdou, é verdade”, compensa. No entanto, para Joaquim o que Taques fez foi inflar o caos instalado. “Essa é a maior crise de saúde pública que o Estado já presenciou. Se antes o rombo era de R$ 200 milhões, agora passa de R$ 600 milhões”, pontuou.

Para Joaquim, o problema é produto de um fracasso de gestão. “É um homem que não tem estatura para governar o Estado de Mato Grosso. Não tem habilidade alguma de fazer gestão pública. Ele [Taques], gosta de B.O, de processo, de corregedoria, de dossiê”, afirmou.

A palavra de ordem, na avaliação de Joaquim, não deveria ser proferida à Rosana ou qualquer outro prefeito de Mato Grosso, e sim ao próprio governador. “Ele precisa sair do palácio, ir para rua, trabalhar, fazer gestão, não ficar escondido em seu reduto comprando brigas com os demais entes da federação. O povo não suporta esse tipo de bravata. Pedro precisa ter hombridade, humildade e coragem para fazer aquilo que o povo lhe confiou à fazer. Mas esses predicados não fazem parte da composição do atual governador”, concluiu Joaquim.