Mais 2 anos
Prefeitos de MT pedem eleições só em 2022
Reunião com a bancada federal de Mato Grosso discutiu a unificação das eleições
Política | 02 de Junho de 2020 as 17h 47min
Fonte: Jamerson Miléski
A maioria absoluta dos prefeitos dos municípios de Mato Grosso pede o adiamento e a unificação das eleições para 2022. A afirmação é do presidente da AMM (Associação Mato-Grossense dos Municípios), Neurilan Fraga. A seu pedido, gestores municipais, deputados federais e senadores do Estado participaram na manhã desta terça-feira (2), de uma reunião por videoconferência para discutir o assunto.
Segundo Fraga, 82 lideranças participaram da videoconferência, incluindo os senadores Luiz Carlos Favaro, Wellignton Fagundes e os deputados federais Nelson Barbudo, Neri Geller, Dr. Leonardo e Rosa Neide.
A pauta foi a proposta de emenda à Constituição PEC n° 19/20, de autoria do senador Wellington Fagundes, que prevê a coincidência dos mandatos eletivos e a realização de Eleição Geral em 2022. “Todos os prefeitos concordam com a impossibilidade de realizar as eleições neste ano, um função da pandemia do Coronavírus. Não há vacina, não há remédio, nem previsão de quando as coisas vão melhorar. Com o número de casos aumentando a cada dia e a doença chegando aos municípios do interior, a decisão mais lógica é adiar as eleições municipais desse ano”, argumento o presidente da AMM.
Para Fraga, a posição é compartilhada por demais prefeitos do Brasil. Ele considera a insistência em realizar os pleitos municipais uma “promoção de genocídio”, uma vez que irá proporcionar uma aglomeração de pessoas no dia das eleições e também durante uma eventual campanha. “Além da questão de saúde tem o fator financeiro. A arrecadação de impostos caiu com a restrição do comércio e da circulação de pessoas, para conter o avanço da pandemia. Para promover as eleições desse ano, seria necessário R$ 4 bilhões. Não é ano de gastar esse dinheiro com eleição”, pontuou.
Como medida de segurança e de economia, lideranças políticas tentam captar apoio a PEC proposta por Fagundes, afim de promover a coincidência das eleições municipais com as eleições estaduais e federais – algo já aviltado desde 2016. “A concentração das eleições permitirá economia aos cofres públicos e aos candidatos e eleitores, mobilizados com menor frequência”, justifica o Senador Wellington Fagundes.
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