Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Bom dia, Quarta Feira 24 de Abril de 2024

Menu

Congresso

Proposta de Fiscalização pede explicações sobre atrasos nas obras de Belo Monte

Deputado federal Nilson Leitão (PSDB), questiona anistia da multa contratual referente ao atraso

Política | 31 de Julho de 2015 as 10h 17min
Fonte: Assessoria

Em meio a denuncias de corrupção com pagamento de propinas para obtenção de contratos de obras na UHE Belo Monte, deputados membros da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia, querem saber por que o consórcio responsável pelas obras teve anistiada multa contratual decorrente de mudanças no cronograma de entrega do empreendimento.

A Proposta de Fiscalização e Controle 15/2015 foi apresentada pelo deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) e será relatada pelo deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), que na saída para o recesso, apresentou um relatório prévio, explicando as razões da admissibilidade na matéria no âmbito da comissão.

A preocupação dos parlamentares é que o consórcio aparenta estar pulando etapas para dar conta do contrato. Segundo o Ministério Público Federal do Pará há uma série de irregularidades no processo de remoção das comunidades ribeirinhas que serão atingidas pelas obras da usina que podem inclusive deixa-las desprovidas dos meios naturais de subsistência. “A Usina de Belo Monte deve iniciar a operação em fins de 2015. Para tanto, previamente, precisa obter a licença de operação. Considerando que o Brasil atravessa período de escassez de energia elétrica e de preços altos para esse insumo essencial à economia, há fortes indícios de que a necessidade de reforçar o sistema elétrico nacional também sirva de argumento para que o Consórcio Norte Energia S.A. tente se eximir da responsabilidade de atendimento às referidas condicionantes socioambientais”, diz Leitão em um trecho de seu relatório.

Mais a frente o parlamentar diz que a fiscalização proposta é oportuna no sentido de entender as razões que levaram o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES a realizar o aditamento contratual com o Consórcio Norte Energia S.A, inclusive isentando a concessionária de multas no valor de R$ 75 milhões, visto que o interesse público pode ter sido ignorado em benefício da contratada.

Uma vez que a matéria tenha sido admitida na CINDRA, põe-se em prática o plano de execução da Proposta de Fiscalização e Controle que consiste nas seguintes etapas: Realização de reuniões de audiência pública com representantes do Consórcio Norte Energia S.A, do BNDES, da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, além de órgãos do Estado do Pará, e do Município de Altamira, para esclarecer as responsabilidades pelos atrasos das obras da usina e das providências para atendimento das condicionantes socioambientais.

De posse das informações, será solicitada a colaboração do Tribunal de Contas da União – TCU para a cessão de cópia dos relatórios de fiscalização do órgão junto ao empreendimento e por fim, apresentação, discussão e votação do relatório final, que deve acontecer ao final de 40 sessões, conforme determina o rito da tramitação ordinária da Casa.