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Sinop

Quem precisa morrer para o governador se mexer?

Vereadores criticam ausência do Estado e esperam uma tragédia maior para que a segurança melhore

Política | 25 de Agosto de 2015 as 10h 48min
Fonte: Jamerson Miléski

“Tem coronel da PM sendo morte em Sinop, tem bandido atirando na sede do Ministério Público e ladrão roubando a sede da OAB. Será que precisa ser um filho de deputado baleado para que o Estado tome uma providência?”. A fala contundente foi feita pelo vereador Fernando Brandão (SDD), durante a sessão da Câmara de Sinop, desta segunda-feira (24). A crítica contundente resume todo o descontentamento com o governo do Estado, que pautou a fala dos vereadores na última sessão. Praticamente todos os vereadores fizeram clamores por mais segurança, mesmo os da base aliada ao governador Pedro Taques (PDT).

Não foi a primeira vez que os legisladores de Sinop cobraram o governo do Estado. O dissabor aumentou após Taques desmarcar o compromisso feito com os vereadores. O governador havia se comprometido a vir a Sinop para tratar do assunto. A visita deveria acontecer na última quinta-feira (20), mas o compromisso foi cancelado.

Em suma, os vereadores cobram mais policiais militares. Com menos de 90 policiais militares residentes em Sinop, o município tem uma média de um PM para cada 1,5 mil habitantes – o ideal é um policial para cada 450 habitantes.

O governo do Estado já afirmou que enviará para Sinop mais 25 policiais militares, que devem ser efetivados no dia 8 de setembro. Para os vereadores, é pouco. “O planejamento que foi feito no ano passado era para que Sinop recebesse 100 policiais desse concurso. Virão só 25”, criticou o presidente Mauro Garcia (PMDB).

Segundo os vereadores, nas últimas reuniões sobre segurança pública, o governo do Estado tem apresentado números que comprovam a redução dos índices de criminalidade em 2015. Estatística que não condiz com a sensação de medo da população local. “O governador, a secretaria de segurança pública, está esperando morrer mais um. Uma pessoa de expressão, que tenha nome, porque morrer morre todo dia aqui em Sinop. Precisamos perder mais um munícipe de grande envergadura para que o governo do Estado se sensibilize e nos dê uma solução. Porque até agora nós estamos só no ‘vamos ver’”, criticou a vereador Josi Palmassola (PR).

O vereador Ademir Bortolli (PROS), levou até o púlpito o plano de governo de Pedro Taques e leu as alíneas referente às metas para Segurança Pública. Para o legislador, o Plano é bom, mas precisa ser cumprido também em Sinop. “Eu vou guardar esse plano do governador e vou estar lendo. Conforme ele não vai cumprindo vou começar a fazer quadros e pendurar aqui nas paredes da Câmara”, pontuou o vereador.

Brandão, que fez um dos discursos mais inflamados, solicitou a implantação da “Atividade Delegada”, uma forma de “comprar” as horas de folga dos policiais militares afim de aumentar o efetivo policial nas ruas. “É uma medida legal enquanto o Estado não consegue contratar mais policiais”, sugeriu Brandão. “Esse governador pediu 100 dias para colocar a casa em ordem. Passaram 234 dias e até agora nada. Falta competência ou vontade de resolver o problema”, completou o vereador.

Os vereadores da base também cobraram avanços, porém em tom mais aveludado. Fernando Assunção (PSDB), lembrou que foi o atual governo que implantou a delegacia de Roubos e Furtos, que tem aumentado consideravelmente o número de prisões no município. O vereador também citou o CAR (Comando de Ação Rápida), que faz o policiamento com motos. “São ações efetivas para a segurança pública de Sinop implantadas por esse governo”, argumentou.

Acompanhe no vídeo algumas falas e cobranças dos vereadores.