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Mato Grosso

Riva é preso e divide cela com professor pedófilo

Ex-deputado estadual foi preso no último sábado acusado de desviar mais de R$ 60 milhões

Política | 23 de Fevereiro de 2015 as 15h 53min

Um dia antes do assunto ganhar destaque na imprensa nacional, o ex-deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD), foi preso acusado de desvio de recursos público. Riva foi detido em sua residência no bairro Santa Rosa, em Cuiabá, no último sábado. A decisão para cumprir o mandado de prisão preventiva partiu da juíza Selma Rosane Arruda, da Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado.

No domingo, Riva figurou como o personagem principal de uma reportagem especial do Fantástico, da Rede Globo. Ele é suspeito de comandar juntamente com outros agentes públicos um esquema que teria desviado mais de R$ 500 milhões dos cofres públicos do Estado.

O advogado do ex-deputado, Valber Mello, deve ingressar com um pedido de habeas corpus na tentativa de fazer com que Riva responda o processo em liberdade. O ex-parlamentar foi preso acusado de desviar mais de R$ 60 milhões dos cofres públicos com aquisições falsas envolvendo cinco papelarias de “fachada”. Valber Mello explicou que o ex-deputado ficou surpreso com a prisão. “Ele recebeu uma cópia do mandado de prisão preventiva, mas não sabe exatamente os motivos, e a defesa ainda não teve acesso, porque a medida foi cumprida hoje [sábado]”, explicou. Ele apontou que, tão logo tenha acesso a decisão, impetrará recurso para tentar soltar Riva, que foi levado para o centro de ressocialização da capital (ala de custódia), após ser preso, pelo GAECO, em sua casa.

Conforme a denúncia do Ministério Público, em um ano, as empresas Livropel Comércio e Representações e Serviços Ltda, Hexa Comércio e Serviços de Informática Ltda, Amplo Comércio de Serviços e Representações Ltda, Real Comércio e Serviços Ltda-ME e Servag Representações e Serviços Ltda, venderam mais de 30 mil toners para a Assembleia, que contava com apenas 150 impressoras, na época.

O MPE aponta que o "esquema era realizado na modalidade carta convite, pregão presencial e concorrência pública, e visava a aquisição simulada de material de expediente, de consumo e artigos de informática. As investigações do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), apontam que os materiais não foram entregues, apesar dos servidores terem atestado as notas de recebimento e a Assembleia tenha feito os pagamentos".

Ainda de acordo com o Gaeco, 80% do dinheiro desviado foi sacado na boca do caixa e repassado ao ex-deputado, na época primeiro secretário da Casa. As informações foram obtidas através de sigilo bancário. Janete Riva, esposa do acusado, aparece no esquema, pois na época ocupava o cargo de secretária de Patrimônio.

 

Colega de cela

Enquanto está preso, Riva divide uma cela do Centro de Custódia de Cuiabá, antiga Polinter, com um professor, 64 anos, acusado de ter relações sexuais com adolescentes. O professor está preso há pouco mais de dois anos e foi condenado a 13 anos por ter relação com um garoto de 14 anos.