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Senador diz que não é hora de impeachment, mas Dilma precisa calçar as sandálias da humildade
Para Wellington Fagundes (PR) há o encontro de uma crise econômica com uma crise política
Política | 07 de Agosto de 2015 as 12h 29min
Fonte: Jamerson Miléski
“Não é hora de jogar gasolina no incêndio”. Foi dessa forma que o Senador da República por Mato Grosso, Wellington Fagundes (PR), descreveu o momento político do país. Para o senador, essa é a primeira vez nas últimas décadas que uma crise econômica encontra uma crise política, de forma acumulada. “O que tem que se resolver primeiro? A crise econômica ou a política? A meu ver a crise política. Porque hoje o que está sendo votado na Câmara Federal, com as pautas bombas, isso não interessa ao país, não interessa fazer com que o país quebre”, declarou o senador.
Segundo Wellington a crise política tem sido o sustentáculo da aprovação de projetos que impactam diretamente os estados e municípios, provocando um efeito dominó e agravando ainda mais a crise econômica.
Quanto ao pedido de impeachment da presidente Dilma Roussef (PT), clamado por parte da população, o senador acredita que ainda não existe uma motivação. “Até agora nós não temos o porque fazer um impeachment da presidente. Se amanhã essa motivação aparecer, o Congresso vai analisar”, ressaltou.
Questionado se a crise política é um “resíduo” do processo eleitoral acirrado de 2014 ou o início do final de ciclo do governo PT, Wellington ressaltou a necessidade de uma unidade para enfrentar o momento de tensão. “Hoje o PT tem desgastes dada essa longevidade de mandato. A eleição foi muito disputada, uma das maiores da história. Agora cabe àqueles que querem o bem do país terem equilíbrio e nisso a peça fundamental é a presidente da república, que precisa calçar as sandálias da humildade e buscar convergir em torno de um projeto de Brasil. Ela tem um mandato de 3 anos e meio ainda, então é muito tempo para o país continuar sofrendo”, declarou.
O senador diz que mesmo a base está cobrando atitudes do governo, afim de reduzir a concentração de poderes e manter o equilíbrio necessário para governar.
Confira o video da entrevista
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