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Delação Premiada

Silval avança com acordo e aponta parlamentares estaduais e federais

Ex-governador entregou documentos, cópias de e-mails e mensagens comprovando negociatas

Política | 20 de Abril de 2017 as 10h 27min
Fonte: RDNEWS

Ex-governador Silval deve revelar envolvimento de parlamentares estaduais e federais em delação |

Avança a passos largos o acordo de delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). Além de prestar depoimentos, o peemedebista já entregou documentos, cópias de e-mails, registros de troca de mensagens e vídeos comprovando a prática de negociatas que comprometem parlamentares, que atuam nas esferas federal e estadual com foro privilegiado e outras autoridades do Estado. 

A reportagem  apurou que as negociações com o Ministério Público Estadual (MPE) e Ministério Público Federal (MPF) foram retomadas, após derrota do pedido de anulação de todas as fases das operações Sodoma e Seven no Superior Tribunal de Justiça. As conversações iniciaram em dezembro do ano passado. 

O último depoimento de Silval foi prestado, na terça (18), e durou aproximadamente seis horas. A promotora de justiça Ana Cristina Bardusco, que coordena o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA), foi quem ouviu as declarações do peemedebista. 

Para homologar o acordo de delação premiada, MPE e MPF exigem que Silval revele fatos que ainda não estão sendo investigados nas ações em andamento. Além disso, deve apresentar provas que fundamentem as revelações. 

Preso desde setembro de 2015, Silval tem na delação premiada a esperança de deixar o sistema prisional. Entre os possíveis benefícios em troca da colaboração estão a diminuição da pena das condenações que certamente virão e o cumprimento das mesmas em regime semiaberto ou domiciliar.

Não existe prazo para o acordo ser firmado. Tanto o MPE e MPF quanto a defesa de Silval negam a intenção de firmar delação premiada porque, segundo a legislação, o procedimento deve ser mantido em sigilo até a homologação. 

Operações

A Operação Sodoma investiga cobrança de propina de empresários em troca de incentivos fiscais do Estado, além de fraudes em licitações. Já a Operação Seven apura a compra em duplicidade de área rural na região no Lago do Manso, no valor de R$ 7 milhões. Os fatos ocorreram no período em que Silval foi vice-governador e depois chefe do Executivo estadual.