Sindusmad busca apoio de vereadores para suspender normativa

Cerca de 40 representantes do setor madeireiro de Sinop, entre eles empresários e diretores do Sindusmad, estiveram reunidos nesta quarta-feira, 04 à tarde, na sala de reuniões da câmara de vereadores. O assunto em pauta foi a busca pela revogação da portaria do Ministério do Meio Ambiente que limita a exploração e venda de madeiras como Itaúba, Garapeira, Jatobá, Cerejeira, Jequitibá e Cedro. Elas são consideradas as principais essências das indústrias.

 O presidente da câmara, vereador Mauro Garcia (PMDB) fez a abertura do encontro, dizendo que os vereadores sempre foram defensores da classe, responsável pelo desenvolvimento do município e da região. Ele passou a palavra ao vice-presidente do sindicato, Fernando Pagliari, que explicou a situação delicada que o setor atravessa. O problema está no Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais, onde foram zerados os cadastros de estoques. “A situação é crítica e alguns empresários não sabem como fazer para levantar recursos e pagar a folha dos funcionários no próximo mês”, disse.

 De acordo com o Sindusmad, são mais de 100 mil empregos diretos e indiretos no estado dependendo do setor madeireiro. O setor é considerado a 4ª economia no estado.

 Os vereadores Júlio Dias, Brandão, Fernando Assunção, Professor Wollgrand, Roger Schallenberger, Professor Hedivaldo, Neiva da Alvorada, Carlão Coca-Cola e Roberto Trevisan também participaram das discussões. Eles questionaram sobre a situação das indústrias quanto a geração de empregos, aporte econômico nos municípios e se colocaram a disposição para buscar uma solução politica para a questão.

 Uma empresária chegou a enfatizar, que gravidade atual pode gerar uma situação maior de crise no setor, do que aconteceu em 2005.

 O presidente da câmara Mauro Garcia (PMDB), sugeriu juntamente com os demais vereadores, a criação de duas comissões, uma do legislativo e outra do Sindusmad. A ideia e organizar uma mobilização com as lideranças políticas e empresariais da região.

 “Num primeiro momento, é articular a derrubada da portaria, e depois continuar as articulações para que o setor não seja alvo de novas sanções, que costumam ser feitas do dia para a noite”, salientou Mauro.

 No dia 26 de fevereiro, poderá acontecer uma grande mobilização em Sinop, com marcha pelas ruas da cidade, não descartando a ida também à Brasília.