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Sinop

Suplente de deputado é barrado no evento do PSL de Sinop

Processo de reestruturação da sigla encontra resistência de antigos militantes

Política | 19 de Agosto de 2019 as 12h 31min
Fonte: Jamerson Miléski

Foto: Assessoria

Nem todos os simpatizantes do PSL de Sinop ficaram satisfeitos com o evento realizado pelo partido na última sexta-feira (16). O suplente de deputado estadual da sigla, Carlos Longo foi até a delegacia de polícia civil no dia seguinte para registrar que foi impedido de entrar no encontro.

Carlos Longo registrou um Boletim de Ocorrência afirmando que foi alvo de constrangimento ilegal. Segundo narrou o suplente de deputado, ele chegou no evento às 17 horas e foi impedido de entrar no recinto por Marcelo Stachin, secretário da comissão provisória do partido, a mando de Emerson Antoniolli, presidente da provisória do PSL em Sinop. Longo afirma no boletim de ocorrência que seu acesso à reunião só foi permitido duas horas depois, quando os deputados do partido foram até a portaria intermediar a situação.

Membros do PSL presentes na reunião disseram que Longo foi temporariamente parado na portaria do evento na tentativa de evitar tumulto. Ele teria sido advertido de que poderia participar do ato, mas que qualquer tentativa de provocar conflito seria contida. No final seu acesso ao evento foi permitido e o suplente participou do encontro.

Longo disputou a eleição de 2018 para deputado estadual, pelo PSL, fazendo 3.143 votos e candidato a vereador de Sinop, em 2016, pelo PSDB – quando fez apenas 89 votos. No ano passado, durante a convenção que homologou a candidatura de Selma Arruda para o Senado, Longo foi pivô de uma briga entre membros do PSL. A discussão, de ânimos exaltados entre o então presidente do PSL Sinop, Ezequias Pereira e o candidato a deputado federal, Nelson Barbudo, girou em torno da não inclusão da candidatura de Carlos Longo – o que depois foi revertido.

 

Resistências internas

O fenômeno eleitoral deflagrado pelo presidente da República Jair Bolsonaro, reposicionou o PSL em Mato Grosso. No ano passado, o partido emplacou o deputado federal mais votado e a senadora da República, emergindo como uma nova força política. Em Sinop, por anos o PSL foi presidido por Ezequias Pereira. A sigla nunca protagonizou uma eleição municipal.

Em maio desse ano, atendendo um chamado da senadora Selma Arruda, o advogado e ex-presidente da OAB Sinop, Felipe Guerra, começou a coordenar a configuração de um novo diretório local, preparando o partido para as eleições de 2020. A organização começou com a definição de uma comissão provisória, presidida por Emerson Antoniolli, tendo como secretário geral Marcelo Stachin.

A formação dessa comissão provisória começou a ser questionada judicialmente por Ezequias. Na ação que ele moveu contra os novos membros do PSL, o antigo presidente da sigla afirma que os membros da provisória não são filiados ao partido e alguns não são eleitores de Sinop (títulos em outro domicilio eleitoral).

A comissão provisória do diretório municipal foi estabelecida com a autorização do diretório regional do PSL, atualmente presidido pelo deputado federal, Nelson Barbudo. Selma é a vice-presidente.

O trabalho dessa comissão provisória tem sido “encorpar” o PSL de Sinop para deixa-lo compatível com sua força popular – Bolsonaro fez 52,4 mil votos no município contra 15,3 mil de Fernando Haddad (PT). Por isso lideranças locais estão sendo convidadas a se filiar no PSL. A intenção da sigla é elaborar um projeto de gestão para Sinop, com a pretensão de preparar a cidade para os próximos 30 anos. Esse projeto pode incluir – ou não – uma candidatura a prefeito de Sinop, com um nome do PSL.

O nome em maior evidência até agora é de Felipe Guerra. Mas ele mesmo admite que não há uma definição. “Coloquei meu nome a disposição do partido, assim como outros dessa nova fase. A definição de quem será candidato irá ocorrer no futuro e acredito que deva vir através de um consenso”, opinou.