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Sinop

Vaga de vice-prefeito gera disputa dentro do grupo político

Várias lideranças colocaram o nome a disposição e querem ser vice de Rosana Martinelli

Política | 11 de Maio de 2016 as 18h 44min
Fonte: Jamerson Miléski

Dentro do grupo político que se articula para dar sustentação ao projeto de Rosana Martinelli (PR), para disputar a prefeitura de Sinop, sobram nomes de possíveis vices para compor a chapa. O cargo - que já foi símbolo de “sacrifício” em eleições passadas para outros grupos políticos - é disputado internamente por diversas lideranças. Rosana, antes mesmo de oficializar a sua candidatura a prefeita, conta com 12 possíveis candidatos a vice para compor a sua chapa.

A maior movimentação tem sido no PMDB. Principal aliado do PR no pleito de 2016, o partido reivindica o posto de vice-prefeito, como uma forma de manter a sua representatividade, estando dentro do processo de sucessão do atual prefeito, Juarez Costa (PMDB), que deve ser o principal cabo eleitoral de Rosana. São 6 possíveis nomes apontados pelo PMDB como candidatos em potencial para compor a majoritária. O primeiro da lista é o presidente da Câmara de vereadores, Mauro Garcia. Vereador por 3 mandatos e presidente do legislativo municipal em duas oportunidades, Mauro retém o apoio declarado de alguns vereadores e dirigentes do PMDB. Ele esteve presente na composição da mesa diretora da Câmara no ano de 2005, articulação considerada o “embrião” do projeto político que resultou na eleição de Juarez Costa como prefeito de Sinop. Um ano depois daquela formação Juarez virou deputado e acabou sendo naturalmente conduzido como candidato a prefeito em 2008.

Ainda na Câmara e no PMDB foram apresentados os nomes de Edilson Rocha Ribeiro (Ticola) e Nevaldir Graf (Ticha), como possíveis candidatos a vice. Ambos declararam interesse. Ticola foi o vereador mais votado na última eleição, venceu em dois mandatos, mas o seu destaque na gestão pública foi como secretário de obras durante a maior parte do governo Juarez Costa. Ticha também venceu duas eleições para vereador pelo PMDB, foi secretário de Indústria e Comércio. Ainda na gestão Juarez, assumiu a secretaria de Administração. Ticha foi o primeiro a colocar seu nome a disposição e acumula um forte apoio da classe empresarial em seu projeto político. Empresário, Ticha acumula diversos trabalhos sociais na cidade. Politicamente é o mais antigo membro do PMDB nessa disputa pela vaga de vice. Foi Ticha quem trouxe Juarez Costa para o PMDB, no início dos anos 2000.

Ademir Bortolli, vereador e ex-secretário de governo até o ano de 2015 também figura como possível candidato a vice.

Além dos vereadores que declararam a vontade de ser vice de Rosana, o PMDB tem outros 3 nomes que desequilibram essa disputa interna. O primeiro é do médico e suplente de Senador, Jorge Yanai – presidente do partido. Embora tenha declarado que não disputará o pleito de 2016 e que concentrará seu esforço político para ser um pilar do senador Wellington Fagundes no Norte do Estado, Yanai tem sido indicado por diversas lideranças do partido como um “vice de peso”.

Outro nome forte do PMDB para vice é do apresentador de TV Gilson de Oliveira. Vereador por dois mandatos, Gilson esteve naquela composição de 2005 junto com Mauro, Juarez e José Pedro Serafini. No pleito de 2012 abriu mão da sua reeleição como vereador porque o seu partido acabou ficando no palanque oposto ao de Juarez e Rosana. Em 2014 recuou mais uma vez seu projeto político, como candidato a deputado Estadual, para apoiar o candidato do grupo: Silvano Amaral. Como o apresentador se filiou no PMDB em setembro de 2015, uma corrente dentro do partido defende que Gilson deve ser o candidato a vice, até como uma forma de retribuição ao companheirismo demonstrado nos últimos anos. Gilson goza de grande popularidade junto a massa do eleitorado que o acompanha diariamente em seu programa de TV.

O último nome é do empresário Rodrigo Doerner, que apesar da grafia diferente é sobrinho do ex-deputado federal Roberto Dorner. Além do peso político da família, Rodrigo agregaria como vice o perfil de empresário jovem e ao mesmo tempo pioneiro de Sinop – ponto que tem se sobressaído em algumas pesquisas qualitativas encomendadas pelos partidos.

Fora do PMDB, existem 3 nomes do PR para possíveis vices de Rosana: os vereadores Fernando Brandão e Hedvaldo Costa, além do empresário Ladimir Dal’Bosco, o “Billy”, irmão do deputado Dilmar Dal’Bosco. Hedvaldo foi vereador por dois mandatos. No primeiro, pelo PSDB, acabou renunciando ao cargo para migrar, de forma limpa, para o novo grupo político. Acompanhou Rosana no PSB e, recentemente, manteve-se com a vice-prefeita na sua transição para o PR. Hedvaldo contabilizou mais de 5 mil votos em uma eleição audaciosa em 2014, lançando-se para deputado estadual com quase nenhuma estrutura de campanha.

Os 3 são apontados pelo PR em uma possível “chapa pura”.

Possíveis composições

Além dos nomes dos partidos aliados, outros são contados para ser vice de Rosana em eventuais composições. O mais provável é que a disputa eleitoral seja polarizada pelo PMDB/PR e o PSDB/DEM, assim como nos pleitos anteriores. Paralelo aos dois principais grupos da política de Sinop, anunciaram pré-candidatura a prefeito o PDT e o PP.

O PDT trabalha com os nomes do empresário Rafael Bianchi, do advogado e publicitário Leonildo Severo, do empresário Joacir Testa e do engenheiro Gilson Martins. O partido ainda não definiu seu pré-candidato. Caso refine seu projeto político até as convenções, o PDT pode ser convidado a compor com o grupo de Rosana e o cargo de vice seria a moeda de barganha.

Fato similar pode se desenhar com o PP, que politicamente está mais perto do grupo de Rosana. O PP trabalha com os nomes do vereador Dalton Martini, o ex-secretário de saúde e proprietário de uma emissora de TV Mauri Rodrigues de Lima e o empresário Gilmar Pavesi. Dalton e Mauri já integraram o grupo de Juarez e estiveram juntos no projeto que elegeu Rosana como vice-prefeita. Hoje o PP oscila entre uma candidatura própria para prefeito ou a composição com o PR ou com o PSDB.

Apesar das conjecturas e das articulações, o grupo já definiu que o vice será definido por pesquisa. Essa foi a fórmula utilizada em 2012, quando vários nomes queriam estar ao lado de Juarez Costa na disputa. O grupo fez uma pesquisa interna e acabou conduzindo Rosana Martinelli para o cargo.

Até as convenções, que ocorrem no final de julho e início de agosto, o grupo encomendará pesquisas qualitativas e quantitativas para perceber, junto ao eleitorado, quem é o melhor nome para compor a chapa com Rosana Martinelli.