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Sinop

Vereador diz que CPI não acusa empresários de receber propina

Autor da CPI rebate críticas feitas pelo empresário Roberto Dorner em depoimento na comissão

Política | 10 de Maio de 2016 as 17h 42min
Fonte: Jamerson Miléski

O vereador Wollgran Araújo (DEM), rebateu as críticas feitas pelo empresário e ex-deputado federal, Roberto Dorner, que prestou depoimento na CPI que investiga os contratos de locação firmados pela prefeitura de Sinop. Dorner disse que a comissão levanta dúvidas sobre a idoneidade dos empresários e que os vereadores (Wollgran e Fernando Assunção), deveriam “dar nome aos bois” ao invés de denegrir a imagem de quem possui imóveis em Sinop. O empresário é proprietário do imóvel locado pela prefeitura para o funcionamento do IFMT (Instituto Federal de Mato Grosso).

Durante a sessão da Câmara desta segunda-feira (9), Wollgran disse que a comissão não acusa nenhum empresário de receber propina ou fazer negociatas. Segundo o vereador, a investigação é para avaliar os valores pagos pela prefeitura de Sinop. “O empresário tem o seu produto e vende pelo preço que quer. É a prefeitura que não pode pagar de qualquer forma”, pontuou o vereador.

Wollgran disse ainda que a comissão não é apenas dos vereadores que apresentaram o pedido de instauração, mas de todos que aprovaram a instalação com seu voto em plenário. O vereador ainda justificou a sua ausência durante a oitiva, afirmando que estava resolvendo um problema relacionado ao IML de Sinop.

O presidente da Câmara, Mauro Garcia (PMDB), corrigiu o vereador. Conforme Garcia, a CPI não é “votada” pelo plenário, e sim constituída a partir da assinatura de um terço da Câmara (5 vereadores). “A presidência apenas acata o pedido e instala a comissão. O pedido não passa pela apreciação do plenário”, explicou Garcia.

O presidente da CPI, Fernando Brandão (PR), também rebateu a fala de Wollgran. Ele disse que a ausência do vereador durante a oitiva “não surpreende” uma vez que não se trata de um fato extraordinário. “Das 19 oitivas que fizemos em apenas 3 o vereador esteve presente”, comentou.

Brandão também criticou as falas de que houve um vazamento direcionado dos áudios gravados pela comissão. A fala de Dorner na última sexta-feira viralizou em diversos grupos de Whatsapp. Segundo Brandão, todos os documentos, imagens e áudios produzidos pela CPI são públicos, abertos e a disposição de qualquer cidadão. “Vazamento direcionado é quando um membro da comissão passa para a imprensa documentos e avaliações antes dos mesmos serem remetidos para a comissão”, postulou Brandão.

A CPI que investiga os contratos de locação de imóveis, firmados pela prefeitura de Sinop, foi instalada em dezembro de 2015. O autor da propositura foi Wollgran Araújo, que recolheu as assinaturas necessárias para instalar a comissão. Assinaram o pedido os vereadores Cláudio Santos (DEM), Fernando Assunção (PSDB), Hedvaldo Costa (PSB), Roger Schallemberger (PR) e Dalton Martini (PP). Cláudio renunciou ao cargo em fevereiro, se dedicando exclusivamente a profissão de apresentador de TV na emissora que pertence a Roberto Dorner. Durante o seu depoimento na CPI, o empresário direcionou suas críticas apenas à Fernando Assunção e Wollgran – clique aqui para ler a matéria.

A CPI é presidida por Fernando Brandão e tem como relator Ademir Bortolli (PR). Os trabalhos da comissão encerram no dia 28 de maio.