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Sinop

Vereadores querem ouvir a população sobre a venda do Estádio

Audiência pública será realizada na próxima semana

Política | 03 de Setembro de 2019 as 09h 26min
Fonte: Jamerson Miléski

Foto: Assessoria

A Câmara de vereadores de Sinop quer discutir com a população antes de decidir se autoriza ou não a prefeita Rosana Martinelli (PR), vender o estádio municipal. Durante a sessão de ontem, segunda-feira (2), o vereador Hedvaldo Costa (PR), formalizou a convocação de uma audiência pública – algo já sugerido por outros vereadores.

A audiência pública foi marcada para o dia 10 de setembro – próxima terça-feira – as 19h, na Câmara municipal. O objeto do debate é o projeto de lei 048/2019, enviado por Rosana ao legislativo municipal na última semana de agosto. Nele, a prefeita pede a permissão para vender 35% da área do Estádio Gigante do Norte em troca da construção de uma nova arena esportiva – em substituição ao estádio – nos 65% de área remanescente. Ao autorizar o negócio, a Câmara está automaticamente dando a permissão para destruir o estádio Gigante do Norte. “A cidade não é do prefeito ou do vereador. É do povo. Não podemos decidir isso sozinhos”, justificou Hedvaldo ao pedir a audiência.

Os vereadores tem opiniões diferentes sobre o projeto. Embora a instalação de novas empresas e com isso a geração de empregos seja uma unanimidade entre os legisladores, nem todos concordam com a definição da área, com o pagamento ser feito através de uma arena ou mesmo com o modelo que o negócio está sendo dirigido.

Um dos pontos levantados por Luciano Chitolina (PSDB), é fato do projeto de lei exigir que o comprador do imóvel implante um “comércio alimentar de autosserviço” na área - traduzindo: um supermercado. Para o vereador, listar isso no projeto de lei é muito específico. “E se quem quiser adquirir quiser montar outra coisa? Outro tipo de comércio ou atividade que vai gerar o mesmo investimento, os mesmos empregos e a mesma renda para cidade?”, indagou.

Chitolina também levantou a questão da inexistência de um Projeto de Impacto de Vizinhança e sugeriu que o município venda então toda a área.

Para Tony Lennon (MDB), fazer a venda em troca de uma arena não é algo que conquistou a simpatia dos vereadores. “Se pelo menos fosse um grande complexo esportivo”, pontuou Tony.

Adenilson Rocha (PSDB), acha que a prefeitura está querendo vender um bem público que funciona em troca de um novo Estádio, o que faz pouco sentido, na sua avaliação. “Que utilize os recursos então para pagar os precatórios”, provocou, citando a dívida com ações judiciais já ajuizadas, que deve chegar a R$ 65 milhões no próximo ano.

 

Detalhes do projeto

O projeto 048/2019 estabelece que esse comércio deve ter 17 mil metros quadrados de área construída e 11 mil metros quadrados de estacionamento, com pelo menos 400 vagas. Ou seja, 83% da área comprada deve ser ocupada. Rosana também exige que pelo menos R$ 50 milhões sejam aplicados na construção. Outra exigência do projeto de lei é que o novo mercado esteja aberto e funcionando em 120 dias “trabalháveis” a partir da emissão do alvará de construção.

Como pagamento, Rosana quer uma nova arena esportiva, que deve ser construída na área remanescente – ao lado do supermercado. Nesse espaço de 61,9 mil metros quadrados que restará ao município, o vencedor do leilão deve construir o novo estádio da cidade.

O projeto de lei não estabelece o tamanho ou capacidade dessa Nova Arena, apenas o valor a ser investido na estrutura: R$ 26 milhões. Assim como foi determinado o prazo para o supermercado abrir suas portas, a Arena tem data para ser entregue: 180 dias “trabalháveis” após a emissão do alvará de construção.

Não há menção sobre o número de empregos gerados no corpo do projeto, apenas na mensagem. A prefeita estima que esse negócio irá gerar 500 empregos.