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Soja

Grupo levantará lavouras afetadas pela estiagem

Perdas de produtividade já são constatadas em algumas localidades

Rural | 17 de Dezembro de 2015 as 09h 56min
Fonte: Dayanne Santana

Um grupo de trabalho foi formado para levantar informações e dados sobre as conseqüências da estiagem na produção da safra 2015/2016 de soja. A decisão foi tomada na tarde desta quarta-feira (16) durante reunião convocada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e o setor produtivo. O Governo do Estado quer acompanhar de perto a situação, pois o agronegócio é a base da economia de Mato Grosso.

A primeira reunião do GT será hoje, quinta-feira (17). O grupo composto pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), Superintendência Federal de Agricultura (SFA-MT/Mapa), Aprosoja, Ampa, Famato, Imea eIMAmt, irá realizar um levantamento da atual situação, pois as perdas de produtividade já foram constatadas em algumas regiões do Estado.

O grupo vai estudar os impactos econômicos e agronômicos causados pela falta de chuva em volume suficiente para que ocorra o desenvolvimento da planta. O secretário-adjunto de Agricultura da Sedec, Alexandre Possebon, ressaltou o posicionamento do Governo do Estado como parceiro na busca de alternativas para mitigar os impactos.

O governo está acompanhando a evolução do quadro, uma vez que o agronegócio, liderado pela produção da oleaginosa, representa 51% do PIB de Mato Grosso. “Temos que acompanhar de perto e criamos o grupo de trabalho para identificarmos quais os municípios mais atingidos, para avaliarmos as perdas e traçarmos estratégias para tentar mitigar os efeitos na economia do Estado”, disse Possebon.

O baixo potencial de rendimento de grãos implica não só em perdas para o produtor rural, como também para toda a cadeia da soja, fornecedores de insumos, revendas e a economia local. Na última estimativa o Imea divulgou uma queda na produção de 1 milhão de toneladas, passando de 29 milhões/t para 28 milhões/t, o que representa menos R$ 1 bilhão no valor bruto da produção.

O presidente da Aprosoja, Endrigo Dalcin, ressaltou que a entidade já havia alertado os produtores rurais quanto às mudanças climáticas causadas pelo fenômeno El Niño, que neste ano, seriam mais intensas. “Tivemos um início de plantio complicado, um atraso que culminou em irregularidade e replantio acima de 3%. Essa reunião deve nos direcionar para ações futuras caso não venha chover nos próximos dias”.

Para a cultura da soja apresentar um bom desempenho é necessário um volume de água adequado, uma boa distribuição das chuvas ao longo do ciclo. A disponibilidade hídrica baixa durante o crescimento da planta é, ainda, a principal limitação para o potencial de rendimento da cultura e a maior causa de variabilidade dos rendimentos dos grãos.