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Controle de fauna

Ibama autoriza o abate de javalis e de javaporcos

Sem predador natural, animais estão presentes em vários estados infiltrados na fauna silvestre

Rural | 15 de Janeiro de 2016 as 17h 26min
Fonte: Jamerson Miléski

À caça ao animal híbrido, criado para ser doméstico, mas que acabou se reproduzindo em ambiente silvestre, está autorizada. O Ibama acaba de emitir uma regulamentação reconhecendo e legalizando o abate do javaporco em todo o país.

Muito comum no Norte de Mato Grosso, o javaporco anda em grupos de muitos indivíduos (entre 40 e 100 animais) e é considerado uma praga rural, causando prejuízo nas plantações. Frequentemente encontrado na região, esse animal não possuem predadores naturais compatíveis com sua capacidade reprodutiva. Ou seja, o javaporco é um animal “exótico” (não natural do ecossistema brasileiro), com grande capacidade de reprodução, que põe em risco, além das lavouras, o equilíbrio da vida silvestre.

Os javaporcos nasceram do cruzamento do javali com o porco doméstico. Eles foram trazidos da Europa para a América do Sul, principalmente a Argentina e o Uruguai, e chegaram ao Brasil pelo Rio Grande do Sul.

Para conter o crescimento populacional, o Ibama autorizou o abate do animal em todo o território nacional, mas os produtores rurais devem obedecer algumas normas antes da caça.

O manejo dos javaporcos pode ser feito com armas de caça ou com armadilhas. Em cada um dos casos existe um procedimento. Em regras gerais, basta o interessado fazer o Cadastro Técnico Federal (CTF) de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais, específico para “manejo de fauna exótica invasora”. Pessoas físicas ou jurídicas podem fazer o cadastro. A partir disso é necessário fazer uma declaração que deve ser encaminhada para o IBAMA. O órgão não precisa responder ao documento, visto que trata-se apenas de uma comunicação. Clique aqui para ver os procedimentos.

O javaporco abatido não pode ser transportado de um lugar para outro, a carne do animal também não deve ser consumida, nem comercializada. "Não é uma caça, é um controle populacional", explica Eliseo Ribeiro, chefe do escritório do Ibama de Assis.

De acordo com o Ibama, cerca de 1,8 mil produtores já fizeram o cadastro em todo o país.