Pecuária
Retomada da oferta de animais é para 2017, aponta IMEA
Rural | 13 de Agosto de 2015 as 17h 01min
Fonte: Fonte: Pauta Pronta Comunicação Corporativa
A redução na produção de carne em países como Austrália e Estados Unidos e a abertura de novos mercados (como asiáticos e africanos) podem ser a solução para reduzir os impactos negativos que a cadeia produtiva da carne brasileira tem enfrentado desde o início de 2014, com fechamento de diversas plantas. O tema foi debatido durante o painel “Cenários da Carne 2015 – Atualidades e Perspectivas”, realizado durante a Agropec, na 43ª Exposul, em Rondonópolis (MT).
De acordo com dados apresentados pela Scot Consultoria, desde o início de 2014, em todo Brasil 47 plantas deixaram de abater bovinos total ou parcialmente. Os dados também apontam que desde junho de 2014 já são 7 mil desempregados, sendo que só em Mato Grosso, são mais de 3 mil desempregos.
Segundo o superintendente do IMEA, Otávio Celidônio, em 18 meses, nove frigoríficos encerraram as atividades em Mato Grosso. Atualmente 23 plantas estão ativas no estado. “Hoje Mato Grosso abate 37 mil cabeças/dia o que representa 50% da capacidade total que o estado apresenta. Podemos considerar que a expressiva redução de oferta de animais para abate tenha sido a principal causa dos fechamentos”, afirmou Celidônio que participou do painel.
O superintendente desconsiderou a possibilidade da saída de animais para outros estados ser outro motivo para o encerramento de atividades de frigoríficos, como vinha sendo levantado. Segundo ele, o processo faz parte do ciclo da pecuária que passou por exemplo, há alguns anos, pelo alto índice de abates de fêmeas.
Para o presidente da Associação dos Criadores do Sul de Mato Grosso (Criasul), Marco Túlio Duarte Soares, a discussão veio em bom momento e abre espaço para que outros debates sejam feitos. “A gente vê que houve diminuição do consumo interno o que também afetou toda a cadeia. Mas, por outro lado, vemos que o cenário numérico da pecuária é viável, mostra margens positivas tanto para o criador quanto para o frigorífico, o que nos motiva. Agora, é necessário que sejam realizadas mais reuniões como essa para o fortalecimento da classe”, afirmou o presidente da Criasul.
Presidente do Sindicato das Indústrias da Alimentação da Região Sul de Mato Grosso (Siar-Sul/MT), o empresário Rafael Vilela, reforçou a necessidade de mais discussões e apontou a importância do setor para o desenvolvimento econômico do país.
“A pecuária continua fazendo investimento, fomentando novas oportunidades de mercado. A pecuária e a agricultura conseguem se sair bem e não sentem tanto os reflexos da crise, como bases setoriais da indústria. Mas entendo que para isso continuar, precisamos fortalecer o sindicato rural. Precisa ter mais união”, alertou o presidente do Siar-Sul.
Para o IMEA, os fechamentos dos frigoríficos teve a vantagem de ajustar o mercado, já que segundo dados do Instituto, a ociosidade das plantas seria de pelo menos 37% se estivessem todas em operação. “A perspectiva é de retomada da oferta de animais em 2017, enquanto isso o setor precisa ir se organizando, trabalhando a demanda de mercados como Estados Unidos e China para ter um mercado aquecido quando houver a retomada”, orientou.
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