Sinop
Secretários definem ação para desafogar a UPA
Estado vai melhorar a regulação de pacientes e prefeitura contratará 6 leitos para internação
Saúde | 17 de Maio de 2019 as 16h 41min
Fonte: Jamerson Miléski

Uma reunião entre os secretários de Saúde de Sinop e do Estado de Mato Grosso, mediada pelo Ministério Público, estabeleceu compromissos de ambas as partes para desafogar a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), no município. Hoje, sexta-feira (17), 26 pacientes estão internados na UPA, sendo que pelo menos 13 são classificados como “alta complexidade” – e, portanto, deveriam ser transferidos para o Hospital Regional de Sinop. A estrutura que existe na UPA é de 16 leitos de internação para 24 horas.
Segundo o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, será implantado em Sinop uma Central de Regulação até o dia 15 de junho. Essa Regulação receberá todos os processos de pacientes que precisam de um determinado atendimento – seja UTI, leito de internação ou cirurgia. O Estado já faz esse tipo de trabalho. No entanto, segundo Gilberto, há interferências de “diferentes atores que não são médicos”. “Montaremos um sistema de regulação que vai operar de forma técnica, com protocolos e processos bem montados, não faltando documentos. Todos os pacientes serão regulados, seja para o próprio Hospital Regional de Sinop, ou para onde houver disponibilidade”, afirmou o secretário estadual de saúde.
Gilberto garantiu que a regulação dos pacientes internados na UPA será feita até segunda-feira (20). Quanto a um aumento mais robusto no número de leitos de internação e capacidade de atendimento do Hospital Regional, por enquanto, não vai ocorrer.
Segundo o secretário, o Estado começa, na próxima semana, a contratação de 80 profissionais de enfermagem (técnicos e graduados), para atuar no Regional de Sinop. Com isso serão abertos mais 10 leitos de internação (clínicos) e 2 de UTI’s – totalizando 86 leitos. Embora o Hospital tenha sido construído prevendo 125 leitos, 86 leitos é a atual “capacidade máxima” da estrutura. “O Hospital passa nesse momento por uma reforma que compromete 30% da sua estrutura”, lembrou Jean Alencar, diretor do Hospital Regional de Sinop.
A parte que coube ao município foi, também, ampliar sua estrutura de internação. Segundo o secretário de Saúde de Sinop, Gerson Danzer, o município irá contratar 6 leitos de internação para pacientes enquadrados como “média complexidade”. A ideia é que os pacientes que não sejam de alta complexidade (responsabilidade do Estado), sejam atendidos por esses leitos. “O que sentimos do Estado hoje é boa vontade em resolver. Há uma dificuldade financeira e uma animosidade em determinar o que cabe a cada um, mas de forma geral, existe preocupação”, pontuou Danzer.
A prefeitura vai licitar e contratar os 6 leitos junto a iniciativa privada. Isso amplia a capacidade de internação do município de 16 para 22 pacientes. “A Central de Regulação que o Estado irá implantar deve melhorar a situação da UPA. Em geral o Estado regulava apenas os pacientes que precisavam de UTI. Nos demais casos, o processo era dificultoso”, declarou Danzer.
Segundo os secretários, o principal acordo firmado na reunião foi para que, há longo prazo, seja transmitida a Gestão Plena da Saúde, do Estado, para o município. Com isso, os repasses do Ministério da Saúde serão recebidos diretamente pelo município, que assume também a responsabilidade sobre os serviços de média complexidade. Restará ao Estado apenas a Alta Complexidade. Essa transição foi deflagrada e deve ser concretizada em janeiro de 2020.
E como fica o Hospital?
O secretário estadual de Saúde não fez falsas promessas, mas também não deu nenhuma boa notícia. Na entrevista concedida na noite de ontem, Gilberto disse que o Estado não vai instalar UTI’s neo-natal (para recém nascidos), no Hospital de Sinop. “A curto prazo não”, afirmou. Esse serviço será concentrado em Cuiabá, e os pacientes que precisarem serão regulados para capital.
Gilberto também falou que hoje não há previsão de ampliar o atendimento do Hospital Regional em função do orçamento estrangulado. “Pegamos a saúde com R$ 600 milhões em restos a pagar”, declarou.
Segundo o secretário, a forma de melhorar a saúde pública no município é fazendo “mágica” na gestão. Gilberto considera acertada a mudança no sistema de gestão, retirando as OSS’s do processo. Segundo ele, mesmo com uma redução no valor mensal dos repasses que beira os 50%, há um aumento no volume de atendimentos desde que o Estado assumiu a gestão direta da unidade.
Ele citou como exemplo o volume de cirurgias. Eram em média 90 procedimentos por mês com a gestão da OSS. Com o estado, foram 260 procedimentos em abril. O secretário também disse que a fila de espera por cirurgias ortopédicas foi zerada e que começou esse mês o atendimento ambulatorial, com projeção para 500 consultas em 4 diferentes especialidades. “Estamos gastando os recursos com mais eficiência”, afirmou o secretário.
Segundo o diretor do Hospital, as 4 salas de cirurgias foram reestruturadas e colocadas em operação. Com isso, a logística instalada é para 350 cirurgias por mês – número que a direção pretende alcançar até a metade do ano. Na parte ambulatorial, são oferecidos atendimento de cirurgia geral, ortopedia, neurologia e neurocirurgia. O diretor afirmou que hoje há estoque de medicamentos e insumos para 90 dias. “Quanto à gestão dos recursos, só como exemplo, no refeitório reduzimos em R$ 100 mil por mês a despesa”, concluiu Jean.
Atualmente o hospital possui 50% do quadro de enfermagem “necessário”. Com a contratação que começa a ser procedida na próxima semana, esse déficit será zerado.
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