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Inflação de Sinop desacelera no mês de agosto com alimentos mais baratos

Pela primeira vez em 3 anos de IPC Sinop, o grupo Alimentação teve inflação negativa

Economia | 16 de Setembro de 2016 as 12h 17min
Fonte: Jamerson Miléski

Desde que o IPC-Sinop (Índice de Preços ao Consumidor de Sinop), foi criado, em março de 2013, pela primeira vez os itens que compõem o grupo Alimentação registraram deflação – quando o preço do mês atual é menor do que o mês anterior. A deflação foi ínfima, -0,01% com relação ao mesmo anterior, mas foi o suficiente para desacelerar a inflação geral no mês de agosto.

É o que explica o economista da Unemat Sinop, Udilmar Zabot, que apresentou os dados do IPC-Sinop na manhã desta sexta-feira (16), durante coletiva na CDL Sinop. Zabot lembrou que o Grupo Alimentação é um dos 9 que compõem a cesta de consumo do sinopense, sendo responsável por 25% do consumo familiar. “O congelamento dos preços no grupo alimentação fez com que a inflação do mês de agosto fosse a menor registrada nos últimos 12 meses em Sinop”, enfatizou o economista.

A inflação de Sinop no mês de agosto fechou em 0,29%. Em julho, a alta havia sido de 053%. Segundo Zabot, o que pressionou a inflação no mês de agosto foram os itens do grupo Despesas Pessoais, em especial serviços de beleza – corte de cabelo, manicure e outros. O grupo foi responsável por 0,09% da inflação do mês. Educação (+0,08%), Saúde (+0,07%), Habitação (+0,04%) e Transporte (+0,02%), foram os outros grupos que registraram alta nos preços. Vestuário, Comunicação e Artigos para Residência não tiveram alta, fechando em 0%. “A inflação registrada em Sinop não é resultado do aumento de demanda no consumo, mas da transmissão do ajuste nos preços para o consumidor”, ressaltou Lindomar Daniel, economista e coordenador do CISE (Centro de Informações Socioeconomicas), responsável pela pesquisa.

No acumulado do ano a inflação de Sinop é de 4,65%, abaixo da nacional, que é de 5,42%. No acumulado dos 12 meses a inflação local é de 7,93%, enquanto a inflação nacional do período foi de 8,97%. “Essa inflação seria tecnicamente alta para os parâmetros nacionais, que traça como meta uma inflação de 4,5% ao ano – limite saudável de aumento nos preços que garante o crescimento do mercado. No entanto, considerando o cenário econômico atual, uma inflação de 4,65% em 2016 para Sinop é um resultado bastante positivo”, explica Zabot. Para Lindomar, inflação preocupante é quando o acumulado dos 12 meses ultrapassa 10%. “Não é esse o cenário que vemos hoje”, explicou.

Cesta básica empatou

O CISE também pesquisa a variação dos preços nos 13 itens que compõem a cesta básica – que é a quantidade mínima suficiente para alimentar um homem adulto no período de 30 dias. No mês de agosto a cesta básica de Sinop custou em média R$ 414,70 – R$ 1,09 a menos que no mês anterior.

Dos 13 itens que compõem a cesta, os economistas registraram quedas significativas nos preços do feijão (-20%) e óleo (-9,4%). Em contrapartida a banana ficou 34% mais cara, a manteiga 20,3% e o café 11%. “A queda no preço do feijão é grande e alguns consumidores até comemoraram, mas vale lembrar que esse produto acumula uma alta de 60% nos últimos meses. Então, apesar da queda, ele ainda é um produto caro”, explicou Zabot.

Em comparação com as demais capitais, a cesta básica de Sinop é mais cara que a de Goiânia (R$ 411,12), e mais barata que Cuiabá (R$ 453,10), Brasília (R$ 451,29) e São Paulo (475,11). A comparação mostra uma conformação nos preços. Em março desse ano, a cesta básica de Sinop era a mais cara na comparação com as demais.