Economia
Inflação de Sinop estabiliza mas preços dos alimentos volta a subir
Além do grupo alimentação e da cesta básica, economia registrou alta em Habitação, Saúde e Vestuário
Economia | 18 de Maio de 2016 as 11h 56min
Fonte: Jamerson Miléski
A pressão dos preços ao consumidor parece ter encontrado um patamar de estabilidade em Sinop. Pelo segundo mês consecutivo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), de Sinop teve um aumento na casa do “meio por cento”. Em março a inflação registrada foi de 0,52%, já em abril a elevação foi de 0,56%. O índice, que resultaria em uma inflação anual de 6% à 7%, é a meta perseguida pelo governo federal. Ou seja, Sinop estaria na meta.
A inflação local é medida pelo departamento de Economia da Unemat, em parceria com a CDL Sinop. No acumulado de 2016 os preços tiveram alta de 2,71% e nos últimos 12 meses, 8,15%. No cenário nacional a inflação do período é de 9,28% (IBGE).
O índice de inflação local é composto pela variação de preços em 9 grupos de consumo. No mês de abril, 5 grupos tiveram queda nos preços em comparação com o mês anterior: Comunicação (-0,16%), Artigos para Residência (-0,13%), Transporte (-0,04%), Despesas Pessoais (-0,03%) e Educação (-0,01%). A inflação do mês de abril em Sinop só não foi menor porque houve, mais uma vez, pressão no preço da alimentação e alta em grupos que estavam estáveis há mais de 10 meses.
O grupo Alimentação, que sozinho corresponde a 24% da cesta de consumo do sinopense, teve alta de 0,47%. Conforme o economista Udilmar Zabot, que conduz a pesquisa, isso significa que os itens que compõem a alimentação subiram 1,27% em abril. Se em março esses mesmos itens custavam R$ 100,00, em abril a mesma compra saiu por R$ 101,27. A principal elevação foi nos preços dos legumes e cereais.
O grupo Habitação também registrou uma alta nos preços, de 3,24% no mês de abril, mas como tem menor participação na cesta de consumo, o impacto na inflação foi de 0,14%. Nesse campo subiram os itens de limpeza doméstica e alguns materiais, como telhas, por exemplo.
Outro impacto incomum foi no grupo Saúde, que teve alta de 3,75%, impactando 0,17% na inflação geral. A alta foi gerada pelo reajuste nos preços dos medicamentos, que tiveram elevação de 10%.
Estabilizado há mais de 10 meses, o grupo vestuário teve uma elevação de preço de 2,48% no mês de abril (0,15% na inflação). O levantamento constatou que o item “Roupas femininas” ficou 24% mais caro. A pesquisa de preços foi realizada na primeira semana de maio, às vésperas do Dia das Mães.
Para o economista, a inflação registrada em Sinop gera uma informação positiva, mostrando que a pressão nos preços está abaixo da média nacional e em um patamar de estabilidade. “Seria ideal se essa média de meio por cento se mantivesse”, comenta Udilmar.
Cesta básica mais cara
Os 13 itens que compõem a Cesta Básica (considerado o mínimo necessário para um homem adulto trabalhador se alimentar por um mês), ficaram mais caros em abril. Em março a cesta teve uma queda, atingindo R$ 386,35. Em janeiro de 2016, o mesmo conjunto de itens custava R$ 484,66 – foi o pico dos preços desde fevereiro de 2014, quando o item é medido pelo departamento de economia da Unemat.
Em abril o preço da cesta em Sinop foi de R$ 420,26 – alta de 8,78%. O aumento teve a participação direta de 4 itens que aumentaram mais de 20%: feijão (23,95%), Batata (33,4%), Tomate (39,44%), e banana (20,99%).
Na comparação com as outras capitais, Sinop tem a cesta básica mais cara que Cuiabá (R$ 402,29), Campo Grande (R$ 402,89), e Goiânia (R$ 382,16) – e mais barata que Brasília (R$ 427,68) e São Paulo (R$ 442,42).
A cesta básica foi criada como parâmetro para o cálculo do salário mínimo. Com os valores da cesta básica de Sinop, o salário mínimo “justo” deveria ser de R$ 1.827,00 – o dobro do salário mínimo atual.
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