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Efeito colateral

Mantra da crise atinge empresários de Sinop

Levantamento mostra que classe empresarial teve a confiança e os lucros abalados no 1º semestre

Economia | 14 de Julho de 2015 as 17h 34min
Fonte: Jamerson Miléski

A percepção da classe empresarial de Sinop sobre a economia local foi “arranhada” pelo prenúncio de crise econômica, propagado aos 4 cantos do país. Embora os indicadores apontem uma inflação abaixo da nacional, saldo positivo na geração de empregos, valorização do mercado imobiliário e aumento da renda no agronegócio, para os empresários, 2015 não está sendo um ano bom.

É o que revela o levantamento realizado pelo departamento de economia da Unemat, em parceria com a CDL Sinop. Foram ouvidos 82 empresários do município referente a situação da economia local no primeiro semestre do ano. Para 61% a avaliação foi negativa. 39% consideraram os resultados positivos.

Na comparação com o 1º semestre do ano passado, 56% disseram que foi pior e 44% melhor.

Resultados similares são apontados no ICE (Índice de Confiança Empresarial), também medido pela Unemat. O indicador colhe as avaliações dos empresários sobre a atividade econômica de cada mês e a expectativa para os próximos meses. Os resultados são somados e divididos por 2, formando um número entre 0 e 200 pontos – sendo 100 pontos o estado “neutro”.

O ICE dos últimos dois meses, junho e julho, ficou abaixo dos 100 pontos. Em junho o indicador registrou 98 pontos e em julho, 96 pontos. Em 2013, quando iniciou a série histórica, o ICE de Sinop alcançou 190 pontos. Mas em 2015 o pessimismo tomou conta.

Em janeiro o ICE foi de 106 pontos (leve alta). O indicador repetiu em fevereiro e caiu para 100 no mês de março. Em abril subiu para 105 pontos e em maio retornou para os 100. “Os indicadores de contratações e investimentos do ICE apresentaram resultado negativo, isso indica o pessimismo do empresariado local com relação a economia. Contudo vale ressaltar que mesmo a economia nacional apresentando fechamento de vagas de trabalho, Sinop já apresenta saldo positivo este ano”, analisa o economista Udilmar Zabot.

“O empresário sinopense não liga muito para notícias ruins. Ele costuma ir em busca dos seus objetivos porque sabe que está dentro de uma economia diferenciada. Mas a onda de informações sobre o cenário nacional acabou atingindo a confiança”, comentou o presidente da CDL Sinop, Luciano Chitolina.

Se o primeiro semestre foi ruim, a aposta é de que o segundo seja melhor. Para 72% dos empresários ouvidos, a economia irá reagir no 2º semestre. 22% acreditam que será igual e apenas 6% esperam por um resultado pior.

Os números de julho já revelam essa recuperação. No Índice de Atividade Econômica – que mede a movimentação nos últimos 30 dias – ouve uma alta de 21% nas vendas com relação a junho e de 28% com relação a julho de 2014. Também houve um aumento significativo na adimplência, de 109% com relação a junho – ainda que o indicador esteja em 73 pontos.