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IPC Sinop

Preços dos alimentos disparam em Sinop aumentando a inflação

Ano de 2015 fecha com pico de inflação na casa do 1,49%

Economia | 19 de Janeiro de 2016 as 17h 22min
Fonte: Jamerson Miléski

O índice de inflação na cidade de Sinop prometia fechar o ano de 2015 bem abaixo da média nacional. Mas isso foi antes de computar os preços de dezembro. No último mês do ano os gêneros alimentícios tiveram uma alta significativa que impactou nos preços ao consumidor. O resultado foi uma inflação de 1,49% em dezembro – a maior do ano.

Os números são do departamento de economia da Unemat, em parceria com a CDL Sinop. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), apresentados na manhã desta terça-feira (19), aponta uma alta de 4,20% no grupo “Alimentação e bebidas”. Isso significa que comer e beber, de forma geral em Sinop, ficou 4,2% mais caro em dezembro.

Em alguns produtos essa alta foi ainda mais significativa. O tomate teve um aumento de preço de 37,5%. O feijão subiu 23,9%. Comer fora de casa, na conta geral, ficou 7,42% mais caro. Dos 1,49% da inflação geral, 0,96% é referentes as despesas de alimentação – que representa, 23% do custo de vida de um sinopense.

Ainda assim a inflação de Sinop foi menor que a nacional. No acumulado do ano os preços subiram 8,89% em 2015 na cidade de Sinop. Na média nacional a inflação do período foi de 10,68%.

Isso não significa que o aumento de dezembro não foi sentido. Até novembro, a média mensal da inflação local em 2015 era de 0,68%. Ou seja, em um mês a alta dos preços correspondeu a 2 meses.

Para o economista da Unemat, Udilmar Zabot, a forte alta é um prenúncio do que está por vir. “Não será um ano tranquilo. A pressão dos preços vista em dezembro deve se manter em 2016”, alerta o economista. Zabot explica que a inflação em Sinop, que tem como uma base um custo de vida maior, tende a ser mais tênue que na nacional, porém, a elevação de preços é uma tendência da economia nacional. “Os preços demoram um pouco mais para serem repassados ao consumidor local, mas irá acontecer”, ressalta.

O trabalhador não precisou esperar para sentir o impacto no bolso.

Cesta nada básica

O departamento de economia da Unemat Sinop também monitora o preço da cesta básica local. Se na inflação geral, o impacto da alta nos preços dos alimentos foi determinante, na cesta básica foi calamitosa. Os 13 itens que compõem a cesta considerada a “ração mínima” para um adulto trabalhador subiram 6,89% em dezembro. Sinop continua tendo a cesta básica mais cara entre as capitais medidas pelo Dieese.

A “ração humana” custa em Sinop R$ 438,11. Ou seja, meio salário mínimo (valor de 2016). Na capital do Estado os mesmo itens custam R$ 391,30 e em São Paulo, a mais cara entre as capitais, R$ 391,30.

Caso o percentual de aumento da cesta básica se mantenha ao longo de 2016, em outubro estará custando mais que R$ 900,00. Felizmente, para a classe assalariada, a série histórica recente mostra que a cesta básica não sobe constantemente. Em 2015, foram 7 altas mensais no preço da cesta e 5 quedas. A cesta começou janeiro de 2015 custando R$ 393,19 e terminou a R$ 438,11 – alta de 11,4% no ano.