Crimes cibernéticos
Vítimas de golpes virtuais perdem, em média, R$ 2.540; idosos são os que mais têm prejuízo
Pessoas com 60 anos ou mais perdem, em média, R$ 4.820 – 5 vezes o valor de jovens de 18 a 24 anos: R$ 964
Economia | 29 de Outubro de 2025 as 08h 38min
Fonte: FolhaPress

O prejuízo médio das vítimas de golpes digitais chegou a R$ 2.540 em 2025, um aumento de 21% em relação ao ano anterior, segundo a terceira edição da pesquisa Golpes com Pix, realizada pela empresa de inteligência antifraude Silverguard.
O levantamento, divulgado na segunda-feira (27), mostra que idosos são os mais afetados (30,8% dos casos).
Pessoas com 60 anos ou mais perdem, em média, R$ 4.820 – cinco vezes o valor correspondente aos jovens de 18 a 24 anos, que têm prejuízo médio de R$ 964.
O golpe mais comum entre esse público continua sendo o do pedido de dinheiro, no qual criminosos se passam por filhos ou familiares em aplicativos de mensagem, geralmente com número e foto clonados.
Esse tipo de fraude responde por 21% dos casos entre idosos.
O estudo foi conduzido em três fases. Primeiro, a Silverguard obteve, via LAI (Lei de Acesso à Informação), dados de 2024 e 2025 do Banco Central sobre o uso do MED (Mecanismo Especial de Devolução), sistema criado pelo Banco Central em 2021 para bloquear e restituir valores enviados via Pix em casos de golpe.
Em seguida, analisou 12.197 denúncias de vítimas atendidas pela Central SOS Golpe, da Silverguard.
O recorte do perfil demográfico, segundo a empresa, foi selecionado com base na distribuição da população brasileira.
A última etapa reuniu entrevistas com especialistas em prevenção a fraudes no Brasil e no exterior.
O estudo revela uma mudança no destino do dinheiro roubado.
Se antes os valores iam para contas de pessoas físicas, 65% dos golpes agora terminam em contas de empresas (PJ) principalmente de sociedades limitadas (Ltda).
Em 2024, essa fatia era de 42%.
A Silverguard aponta essa migração como sinal de “profissionalização do crime digital”, que passou a se disfarçar em estruturas empresariais e intermediários de pagamento, dificultando bloqueios e investigações.
Apesar de representarem apenas 1,8% dos casos, ligações telefônicas causam o maior prejuízo médio, de R$ 6.200 por vítima – um terço delas envolve spoofing, quando o golpista usa um número conhecido para enganar o usuário.
Os golpes mais comuns continuam sendo as compras falsas em perfis ou lojas inexistentes (42,9%), seguidos por falsas oportunidades de emprego e renda extra (12,5%) e promessas de investimento ou multiplicação de dinheiro (12,2%).
A incidência varia conforme a idade: entre menores de 18 anos, 59% caíram em golpes de compra, enquanto entre os idosos predominam pedidos falsos de ajuda ou empréstimo (22%) e promessas de benefícios inexistentes (16,5%).
Alagoas lidera o ranking de prejuízo por golpe (R$ 3.370), seguida por Espírito Santo (R$ 2.890) e Roraima (R$ 1.880).
São Paulo, maior mercado financeiro do país, tem média de R$ 1.600 por vítima.
Enquanto nas classes A/B o prejuízo médio chega a R$ 10.500 – 7% acima de 2024 -, nas classes D/E a média é de R$ 1.500.
Por tipo de vítima, pessoas jurídicas registraram perdas médias de R$ 5.200, o dobro do observado entre pessoas físicas.
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