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Boa noite, Quarta Feira 11 de Dezembro de 2024

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Caso Zampieri

CNJ abre processo contra juiz que confiscou celular de advogado assassinado em Cuiabá

Ministro considerou suspeitas condutas do magistrado na condução do caso que investigou a morte do Jurista, morto a tiros em 2023 e, Cuiabá

Geral | 11 de Dezembro de 2024 as 17h 40min
Fonte: Unica News

Foto: Reprodução

Por unanimidade, o pleno do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu abrir um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o juiz mato-grossense Wladymir Perri, ex-titular da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, por uma suposta infração disciplinar cometida por ele em meados de junho deste ano, época em que conduzia o inquérito sobre a morte do advogado Roberto Zampieri (56).

A decisão foi proferida durante a sessão ordinária desta terça-feira (10). Os conselheiros seguiram o voto do corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques.

Inicialmente, Perri foi alvo de uma reclamação disciplinar em 21 de julho deste ano por uma suposta conduta temerária na condução do processo que investigou o assassinato do jurista, morto com 10 tiros em frente ao seu escritório no dia 5 de dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.

Em seu voto, Campbell Marques destacou que, “no âmbito da Corregedoria, é fundamental assegurar que os magistrados cumpram seus deveres funcionais e que o Judiciário opere de maneira transparente e eficiente”.

Ao analisar os documentos do processo, o ministro disse que haviam indícios de desvio funcional nas condutas do magistrado, detalhando a sequência dos fatos que levaram à abertura do processo.

Entre as irregularidades cometidas por Wladymir Perri, o relator relembrou o fato do magistrado ter "confiscado" o celular de Roberto Zampieri e negado às partes o acesso ao material, além de violar lacres de envelopes do processo sem o acompanhamento da defesa.

O corregedor considerou que as atitudes do magistrado foram graves e por isso merecem apuração, apontando ainda a existência de “indícios de quebra de custódia de provas”.

Entretanto, em sua defesa, Perri teria afirmado que recolheu as provas a fim de resguardar a identidade da vítima.