De Bonanza a Citation: nova geração do Agro voa em frota de bilhões

De aeronaves agrícolas a jatos intercontinentais como o Cessna Citation Latitude, o setor rural agora faz parte da elite da aviação executiva global

O agro brasileiro não está mais apenas sobre rodas ou trilhos ele voa alto, com jatos de luxo e infraestrutura própria, movimentando bilhões de reais e redefinindo o uso da aviação no país. De aeronaves agrícolas a jatos intercontinentais como o Cessna Citation Latitude, o setor rural agora faz parte da elite da aviação executiva global.

A aeronave americana de médio porte, avaliada em mais de R$ 110 milhões, pousou recentemente em Cuiabá (MT) para participar da Bom Futuro Experience, feira promovida pelo Grupo Bom Futuro, da influente família Maggi Scheffer. O evento antecedeu sua participação no Catarina Aviation Show, em São Paulo, e sinaliza como a elite do agro vem adotando a aviação como pilar estratégico dos negócios.

A movimentação aérea em Mato Grosso impressiona: são mais de 1.850 aeronaves registradas no estado, número que posiciona a região como potência no setor e reflete a crescente demanda por mobilidade, logística própria e autonomia operacional.

De Bonanza a jatos: agro profissionaliza sua frota aérea
“Antes, o avião era símbolo de status. Hoje, é uma ferramenta de produtividade”, resume Luiz Stumpf, gerente da TAM Aviação Executiva. Segundo ele, o produtor moderno precisa estar em reuniões em São Paulo pela manhã e visitar a fazenda à tarde. Nesse ritmo, a aviação virou parte da engrenagem do negócio.

O perfil da frota também mudou: pequenos modelos como Bonanza ou Seneca deram lugar a turboélices como King Air e jatos como Citation CJ3. A própria TAM, representante da Cessna, Beechcraft e Bell no Brasil, confirma a curva de crescimento. A empresa vê uma explosão de demanda no Centro-Oeste e Matopiba (Mato Grosso, Tocantins, Piauí e Bahia).