Energisa equipa veículos com internet via satélite 

Equipamentos serão usados nas ‘zonas de silêncio remotas’, sem acesso à internet convencional  

Um projeto piloto está sendo realizado em Mato Grosso para melhoria da comunicação de equipes da concessionária de energia, que atuam em regiões remotas. Nestas áreas, é comum a falta de acesso a meios de convencionais de comunicação, como rádio e telefonia celular. Por isso, estão sendo instaladas antenas móveis de internet via satélite, nos carros.  

A empresa fornecedora é a Starlink, que funciona por meio de uma constelação de satélites em órbita baixa da Terra. Os satélites enviam e recebem dados para estações terrestres, para levar conexão de internet a localidades com pouca ou nenhuma estrutura, como áreas rurais, pequenos vilarejos e biomas como Pantanal e Amazônia. 

Os satélites da Starlink ficam em órbita terrestre baixa, a uma altitude de cerca de 550 quilômetros, o que significa que eles estão próximos da Terra. A empresa tem cerca de três mil equipamentos operando. Noventa já foram comprados pela Energisa e já estão sendo usados em Mato Grosso.  

O Gerente de Operação da Energisa, Anderson Rodrigues, explica que a comunicação agiliza o atendimento, reduzindo o tempo de atendimento aos clientes e gera ainda mais segurança para quem está no trecho. Ela já vem gerando benefícios em situações reais do dia a dia, como em um reparo feito em Parque Indígena do Xingu e na cidade de Rondolândia. O trabalho de conectar o estado ainda conta com o compartilhamento de torres da Polícia Rodoviária Federal, que trarão uma maior cobertura de comunicação via rádio para as equipes emergenciais. Dezoito passarão a ter o sinal de rádio da concessionária.  

“Estas equipes seguiam para áreas remotas isoladas. Ficavam até um dia inteiro sem comunicação com a base ou o Centro de Operações Integrado. Agora elas estão em contato direto. Podem reportar serviços realizados, a necessidade de intervenção na rede para algum reparou ou até mesmo fazerem tratativas de segurança – conversas que são comuns na cidade, por exemplo”, destacou o gerente.