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Caso Internacional

Família australiana recusa proposta de R$ 285 milhões em casa 'ilhada' por construções; veja fotos

Imóvel é cercado por empreendimentos imobiliários, mas questão sentimental e familiar supera qualquer valor

Geral | 19 de Fevereiro de 2025 as 22h 41min
Fonte: O Globo

Foto: Reprodução/X

Em um mundo onde ofertas de milhões de dólares são muitas vezes irresistíveis, a família Zammit de Sydney surpreendeu ao recusar US$ 50 milhões (cerca de R$ 285 milhões) por sua casa em The Ponds, uma área que passou de rural a um próspero centro urbano. Cercados por modernos empreendimentos imobiliários, os Zammits permanecem firmes na decisão de não vender, provando que, para eles, a questão sentimental e familiar supera qualquer valor.

 

Um oásis no meio do progresso

A propriedade se distingue pela sua amplitude e singularidade. Com aproximadamente dois hectares de terreno, inclui uma entrada para carros de 200 metros e vistas privilegiadas das Blue Mountains, declaradas Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO. Esta casa é muito mais do que apenas um lar; representa a história de uma época em que The Ponds era uma região agrícola, longe da agitação urbana.

“Para nós, este lugar não tem preço. “Não é apenas a nossa casa, é a nossa história e as nossas raízes”, afirmou a família em várias entrevistas, deixando claro que os números não são o fator decisivo.

Família já recebeu oferta de R$ 285 milhões e recusou — Foto: Reprodução/X
Família já recebeu oferta de R$ 285 milhões e recusou — Foto: Reprodução/X

A casa tem mais de cinco quartos e, segundo os vizinhos, a grama leva cerca de duas horas e meia para ser cortada. A propriedade é cercada por aproximadamente 750 metros de cerca, projetada para conter as crescentes e contínuas obras de construção que ocorrem ao seu redor. Os quase dois hectares de terra poderiam acomodar aproximadamente 50 casas semelhantes às que o cercam, o que ressalta a magnitude do terreno.

 

Ofertas que desafiam a imaginação

Nos últimos anos, incorporadores imobiliários fizeram propostas multimilionárias para adquirir o terreno, com a ideia de desenvolver complexos residenciais e comerciais. Essas ofertas chegaram a US$ 50 milhões (cerca de R$ 285 milhões), uma quantia que levaria qualquer um a vender. No entanto, os Zammits resistiram firmemente, argumentando que sua casa simboliza um legado que eles não querem perder.

Essa postura gerou tanto admiração quanto críticas. Por um lado, muitos celebram sua coragem em enfrentar a pressão do mercado imobiliário. Por outro lado, alguns os consideram um obstáculo ao desenvolvimento urbano da região.

 

A transformação de The Ponds

Décadas atrás, The Ponds era uma área predominantemente rural, caracterizada por campos abertos e um estilo de vida tranquilo. No entanto, com o crescimento exponencial de Sydney, esta região se tornou um epicentro de desenvolvimento. Modernos complexos habitacionais, shopping centers e escolas surgiram na área ao redor, tornando The Ponds um ímã para famílias que buscam qualidade de vida.

Nesse contexto, a casa Zammit ainda está de pé, enquanto a paisagem ao redor muda rapidamente, tornando-se um símbolo de uma era há muito passada.

 

Por que não vender?

A decisão de não vender está profundamente enraizada nos valores e emoções da família. Para eles, não se trata apenas de uma transação econômica, mas de preservar um modo de vida que está desaparecendo. “Este lugar faz parte da nossa identidade. Não poderíamos imaginar ver tudo isso transformado em prédios", comentaram.

Apesar das críticas, os Zammits também receberam apoio por sua postura, principalmente daqueles que veem sua resistência como um exemplo de como enfrentar a especulação imobiliária.

 

Reflexões sobre o valor do insubstituível

A história desta família abre um debate interessante sobre como valorizamos o lugar onde vivemos. O valor de uma casa é medido apenas em dinheiro ou também em memórias, raízes e significados pessoais? Embora o mercado imobiliário muitas vezes seja baseado em números, os Zammits mostraram que há outros valores que transcendem o monetário.

Sua seleção também levanta questões sobre o equilíbrio entre desenvolvimento urbano e preservação histórica. Numa época em que o crescimento das cidades parece imparável, exemplos como o desta família nos lembram da importância de proteger o que é único e insubstituível.

Por enquanto, os Zammits continuam morando em sua casa, cercados pela modernidade que invadiu The Ponds. A pergunta que muitos estão fazendo é: por quanto tempo eles conseguirão manter sua posição? Em um mercado tão volátil como o imobiliário, essa história pode ter reviravoltas inesperadas. Mas, por enquanto, os Zammits deixaram claro que o verdadeiro valor de uma casa nem sempre está no dinheiro.