Esquema no Judiciário
Gilmar Mendes solta mais seis alvos de operação que apura desvio de R$ 21 milhões do TJMT
Em decisão proferida neste sábado (9), Gilmar Mendes disse que não há indícios de que eles coloquem em risco a ordem pública ou o andamento do processo
Geral | 11 de Agosto de 2025 as 06h 55min
Fonte: Repórter MT

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou a prisão preventiva de outros seis investigados na operação que apura o desvio de mais de R$ 21 milhões da conta única do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), em decisão proferida neste sábado (9). São eles: Wagner Vasconcelos de Moraes, Melissa Franca Praeiro Vasconcelos de Moraes, Rodrigo Moreira Marinho, João Miguel da Costa Neto, Augusto Frederico Ricci Volpato (irmão de João Gustavo Volpato) e Régis Poderoso de Souza.
Eles estavam presos desde a deflagração da Operação Sepulcro, em 30 de julho, e são apontados como integrantes de um suposto esquema liderado pelo empresário João Gustavo Ricci Volpato.
Na decisão, Gilmar Mendes aplicou o mesmo entendimento que já havia levado à soltura de João Gustavo Volpato: a falta de contemporaneidade dos fatos para justificar a prisão preventiva. O ministro destacou que os crimes investigados ocorreram entre abril de 2019 e março de 2023, mas as prisões só foram decretadas mais de dois anos depois do último ato apurado, sem provas de que os réus tenham praticado ações recentes que coloquem em risco a ordem pública ou o andamento do processo.
Além disso, Mendes apontou que todos os réus devem receber tratamento isonômico, conforme prevê o artigo 580 do Código de Processo Penal. Ele também ressaltou situação específica de Rodrigo Marinho, conselheiro da OAB-MT, que é pai de três filhos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista.
As prisões foram substituídas pelas seguintes medidas cautelares: comparecimento mensal em juízo, proibição de deixar a comarca sem autorização, proibição de contato com os outros investigados, entrega do passaporte em 48 horas e uso de tornozeleira eletrônica.
O esquema
De acordo com a Polícia Civil e o Ministério Público, o grupo era formado por empresários, advogados e servidores do Judiciário. O prejuízo inicial identificado em 17 processos é de R$ 11 milhões, mas a estimativa é que o rombo ultrapasse R$ 21 milhões.
A investigação aponta que os envolvidos ajuizavam ações de execução com documentos e assinaturas falsos, representando vítimas que não haviam contratado os advogados do esquema. Também simulavam quitação de dívidas por meio de depósitos judiciais falsificados e, com a ajuda de servidores, inseriam dados em planilhas internas para obter alvarás de pagamento.
Todos respondem por organização criminosa, estelionato, falsificação de documento particular, falsidade ideológica, uso de documento falso, peculato, patrocínio infiel e lavagem de capitais.
Notícias dos Poderes
Desembargador do TJ gastava R$ 113 mil por mês com cartão
11 de Agosto de 2025 as 07h48Carreta envolvida em acidente com 11 mortos e mais de 40 feridos trafegava fora do horário, diz PRF
10 de Agosto de 2025 as 13h26Todas as vítimas fatais de acidente na BR-163 são identificadas
As vítimas foram submetidas ao exame de necropsia e identificadas pelas impressões digitais
09 de Agosto de 2025 as 22h54Sinfra alerta que ponte interditada no Rio Teles Pires em Sorriso pode cair
Motoristas estão passando pela ponte, mesmo após a Sinfra determinar a interdição e fechar o acesso ao local
09 de Agosto de 2025 as 16h35Politec identifica sete passageiros de ônibus vítimas de acidente na BR - 163
09 de Agosto de 2025 as 16h37Colisão entre sedan e picape mata casal e criança de três anos em MT; seis ficam feridos
09 de Agosto de 2025 as 14h14Autoridades lamentam 11 mortes em acidente na BR‑163 e reforçam importância da duplicação
Governador, prefeitos e parlamentares enviam mensagens de apoio às famílias das vítimas; prefeito de Lucas do Rio Verde elogia rapidez das equipes de saúde e pede avanço nas obras de duplicação da rodovia.
09 de Agosto de 2025 as 12h27MPF investiga Correios por falhas na entrega domiciliar em Sinop
Procuradora federal instaura procedimento administrativo para fiscalizar cumprimento de decisão judicial que há quase dois anos obriga a estatal a atender todos os bairros; moradores de pelo menos 19 comunidades continuam sem receber correspondências.
09 de Agosto de 2025 as 11h59