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Venda de sentenças

Investigação sigilosa da PF sobre lobista de MT é prorrogada

As investigações miram uma rede de lobistas, desembargadores e ex-servidores de quatro gabinetes do STJ

Geral | 14 de Março de 2025 as 15h 22min
Fonte: O Globo

Foto: Rosinei Coutinho/STF

A Procuradoria-Geral da República (PGR) deu parecer favorável ao pedido da Polícia Federal para prorrogar por 45 dias as investigações do inquérito que apura um esquema de venda de sentenças judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O caso tramita sob sigilo sob a relatoria do ministro Cristiano Zanin Martins, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a equipe da coluna apurou, a PF pediu o esticamento do prazo para concluir o trabalho de análise do material recolhido nas operações de busca e apreensão, além dos relatórios de inteligência financeira que apontaram movimentações bancárias suspeitas de uma série de alvos da investigação.

As investigações da venda de sentenças judiciais miram uma rede de lobistas, desembargadores de Mato Grosso e ex-servidores de quatro gabinetes do STJ.

“A prorrogação do prazo para conclusão das investigações é medida cabível para realização das diligências indicadas pela autoridade policial”, escreveu o procurador-geral da República, Paulo Gonet, em parecer enviado ao Supremo na semana passada, concordando com a PF.

Conforme informou o blog, os investigadores descobriram que o motorista João Batista Silva recebeu, entre 2019 e 2023, um total de R$ 2,625 milhões de uma empresa de propriedade do lobista mato-grossense Andreson de Oliveira Gonçalves, pivô do escândalo que abalou o STJ.

Andreson e a mulher dele, a advogada Mirian Ribeiro Rodrigues, estão no centro da investigação que mira ainda ex-servidores de quatro gabinetes do STJ e desembargadores do Mato Grosso.

O caso tramita sob sigilo no Supremo porque há menções a pelo menos um ministro da Corte superior: Paulo Moura Ribeiro.

Os outros gabinetes sob investigação são os dos ministros Isabel Gallotti, Og Fernandes e Nancy Andrighi, o que já provocou constrangimentos e pânico em integrantes do STJ.

Uma das hipóteses cogitadas pela Polícia Federal é a de que Andreson promovia lavagem de dinheiro por meio de transferências para “contas de passagem” de pessoas físicas e jurídicas interpostas, além de saques e entrega de dinheiro em espécie.