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Bom dia, Quinta Feira 13 de Novembro de 2025

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Regime fechado

PF suspeita que lobista forjou piora na saúde com greve de fome

Andreson Gonçalves foi transferido para um presídio em Brasília na tarde desta terça-feira (12)

Geral | 13 de Novembro de 2025 as 07h 33min
Fonte: Mídia News

Foto: Divulgação

A Polícia Federal suspeita que o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, acusado de operar um esquema de venda de decisões judiciais no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) e Superior Tribunal de Justiça (STJ), tenha forjado a piora de sua saúde por meio de uma greve de fome voluntária para obter prisão domiciliar.

A informação levou o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar o retorno dele ao regime fechado, nesta quarta-feira (12).

Em julho, Zanin havia autorizado que Andreson cumprisse prisão domiciliar em Primavera do Leste após a defesa alegar que o lobista estava debilitado e apresentava perda de peso significativa.

Quatro meses depois, porém, a PF informou ao ministro que ele havia se recuperado e suspeitava que a suposta piora tivesse sido simulada. Com base nesse relatório, o magistrado revogou o benefício e mandou o lobista de volta ao presídio. A decisão está sob sigilo. 

Conforme apurado pela reportagem, o lobista foi transferido para Brasília no início da tarde. Ele deve ficar recluso no Complexo Penitenciário da Papuda, onde estava antes de ser colocado em prisão domiciliar, 

Em nota, o advogado Eugênio Pacelli, que defende Andreson, rechaçou a suspeita e criticou o retorno dele ao regime fechado. 

“Decisão tão surpreendente quanto desfundamentada. Esqueceram o laudo do IML e seu diagnóstico com base em exames de imagem e outros, para validar 50 minutos de dois policiais médicos na casa dele. A ser assim, se ele se suicidar, dirão que, como foi voluntário o suicídio, ele deverá ser enterrado no presídio”, afirmou em nota enviada ao MidiaNews. 

O lobista foi preso em Cuiabá no dia 26 de novembro de 2024, no âmbito da Operação Sisamnes, que investiga crimes como organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e violação de sigilo funcional.

As investigações tiveram início após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023.