Professor da UFMT Campus Sinop apresenta pesquisas sobre biodiversidade e mudanças climáticas na COP 30

A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) esteve presente na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém (PA). Na segunda e terça-feira, o professor do Campus Sinop, Domingos de Jesus Rodrigues, apresentou à comunidade internacional resultados de projetos de pesquisa em biodiversidade e mudanças climáticas desenvolvidos no sul da Amazônia, além de outros estudos reforçando a inclusão de povos originários e comunidades quilombolas nas redes de monitoramento ambiental e na produção de conhecimento científico.

Segundo o professor, estar na COP 30 é uma oportunidade estratégica tanto para divulgar resultados de pesquisa quanto para estreitar parcerias com instituições nacionais e internacionais que atuam na Amazônia. “O objetivo da minha presença na COP é apresentar os dados dos grandes projetos que coordeno na Amazônia, especialmente no sul desta região, entre o norte de Mato Grosso e o sul do Pará. Como esta é a conferência do clima, precisamos mostrar como estamos lidando com as ações de mitigação e com a realidade da biodiversidade amazônica”.

Na segunda-feira, ele participou de dois painéis, na Blue Zone do evento, integrando a programação “UFPA Território COP 30”. Nessa mesa, Domingos detalhou como os projetos ajudam a reduzir “vazios de conhecimento” na Amazônia, historicamente mais concentrados na Calha Norte (Belém, Manaus e região), abrindo espaço para o avanço de estudos no sul da Amazônia, menos pesquisado. Em seguida, apresentou um painel “Biodiversidade em Rede: TAOCA, PPBio, PELD e INCT‑SinBiAm”, abordando sistemas de bancos de dados ecológicos e o papel das redes de pesquisa de larga escala na Amazônia.

Já na terça-feira, o professor apresentou uma palestra dedicada a unidades de conservação e suas vulnerabilidades na Amazônia legal. Ele destacou que parte dos resultados consolidados está sistematizada em publicações, que foram levadas à

COP e entregues a representantes de órgãos de fomento e autoridades.

Segundo Domingos, a presença na COP 30 representa um marco para a UFMT e, em especial, para o Campus Sinop. “Isso coloca a UFMT no rol das grandes instituições que fazem pesquisa na Amazônia. A universidade já é reconhecida por trabalhos no Pantanal e no Cerrado e agora aparece também como protagonista em estudos no sul da Amazônia. É um passo importante para posicionar o Campus Sinop na vanguarda do conhecimento sobre essa região, que enfrenta problemas como o desmatamento desenfreado”.