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Nova Ubiratã

Sema apreende maquinários agrícolas durante colheita da soja

Colheitadeiras, plataformas, plantadeira e trator estavam em área embargada

Geral | 07 de Fevereiro de 2025 as 17h 17min
Fonte: Jamerson Miléski

Foto: Divulgação

Era 7h30 da manhã desta quarta-feira (5), quando agentes da Sema (Secretaria Estadual de Meio Ambiente), acompanhados de uma equipe da Polícia Civil, interromperam a colheita de soja em uma fazenda localizada em Nova Ubiratã, no Norte de Mato Grosso. A ação, que se estendeu por todo dia, resultou no confisco dos maquinários agrícolas que estavam na propriedade.

A área alvo da operação é uma fazenda de 2.530 hectares. Quando chegou ao local a equipe da Sema constatou que os funcionários rurais estavam fazendo a colheita da soja e preparando o plantio de milho. O auto de infração foi lavrado pelos analistas de Meio Ambiente Wagner Silva Rodrigues e Cezar Caminski Pereira. Nos documentos, os funcionários da Sema relatam que sobre a área estavam 3 colheitadeiras da marca John Deere (duas modelo S670 e uma S770), uma colheitadeira Massey Fergunson 9695, três plataformas de colheita, um trator de pneu New Holand e uma plantadeira. Segundo o gerente da fazenda, 3 daquelas colheitadeiras eram terceirizadas e apenas uma pertencia a propriedade.

Conforme está lavrado no Auto de Inspeção número 1484000125, a fiscalização foi disparada pela Sema por se tratar de uma área embargada. No ano de 2010, o Ibama embargou 1.153 hectares dessa fazenda por: “destruir, desmatar, danificar florestas ou qualquer tipo de vegetação nativa ou de espécies nativas plantadas, objeto de especial preservação, em área de reserva legal ou servidão florestal, de domínio público ou privado não passíveis de autorização para exploração ou supressão ou sem autorização ou licença da autoridade ambiental competente ou em desacordo com a aprovação concedida, inclusive em planos de manejo florestal sustentável”. Segundo os analistas da Sema, a propriedade continua sobre embargo e imagens de satélite demonstraram a atividade agrícola em curso. Os agentes frisaram que o proprietário não possuía APF (Autorização Provisória de Funcionamento) e que a atividade agrícola que vinha sendo realizada de forma irregular impedia a regeneração da vegetação nativa na área. 

A metida adotada para frear a atividade foi a apreensão do maquinário. A Sema acabou deixando duas colheitadeiras, uma por não caber na prancha de transporte e outra que estava com a barra de direção quebrada. As plataformas e a plantadeira também ficaram na propriedade.

O maquinário agrícola foi transportado para o pátio da Coordenadoria de Bens e Produtos Retidos da Sema.

Até agosto de 2023, o protocolo da Sema em casos similares a esse era atear fogo nos equipamentos que estavam relacionados a crimes e infrações ambientais – principalmente quando a remoção era difícil de ser realizada. Uma decisão de um juiz de Sinop, Mirko Giannotte acabou impedindo a prática.