Alvos de operação
Servidoras investigadas receberam até R$ 63 mil de salário no TJ
Eva da Guia Magalhães Silva é analista judiciário e Cláudia Regina Dias, chefe de divisão
Geral | 30 de Julho de 2025 as 22h 32min
Fonte: Mídia News

Duas servidoras do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) também estão entre os alvos da Operação Sepulcro Caiado, deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (30), para apurar um suposto esquema de desvio de valores milionários da conta de depósitos judiciais do Poder Judiciário estadual.
As investigadas são Eva da Guia Magalhães Silva e Cláudia Regina Dias de Amorim Del Barco Corrêa, que foram alvos de mandados de busca e apreensão e, posteriormente, afastadas pelo TJ-MT.
Segundo documentos oficiais do próprio Tribunal, elas teriam participado da elaboração de planilhas fraudulentas utilizadas para justificar saques irregulares de valores que, juntos, ultrapassam R$ 11 milhões.
De acordo com o TJ-MT, Cláudia Regina, que exercia o cargo de diretora do Departamento de Depósitos Judiciais à época dos fatos, era responsável por assinar os documentos que autorizavam os resgates.
Já Eva da Guia, então analista judiciária, atuava no lançamento de dados no sistema, o que teria sido essencial para operacionalizar os desvios.
"Embora ainda não seja possível aferir se as condutas foram dolosas ou decorrentes de negligência grave, os indícios de que detinham documentos físicos e digitais relativos aos atos irregulares autorizam a medida de busca para apuração da extensão do envolvimento funcional nos desvios milionários", consta em trecho da decisão do juiz Moacir Roberto Torato, que autorizou a operação.
Remunerações elevadas
As duas servidoras investigadas tiveram remunerações elevadas nos últimos meses, impulsionadas por indenizações e vantagens eventuais.
Eva da Guia, cujo salário base é de R$ 24.379,17, recebeu um rendimento líquido de R$ 63.720,95 nos últimos dois meses.
Cláudia Regina, que ocupava atualmente o cargo de chefe de divisão, tem remuneração de R$ 12.763,90 e somou R$ 31.473,86 líquidos no mesmo período.
Servidor foragido
Outro alvo da operação é o servidor Mauro Ferreira Filho, técnico judiciário com remuneração base de R$ 12.763,90, mas que também vinha recebendo valores muito acima da média. No mês passado, por exemplo, seu rendimento líquido foi de R$ 30.508,60, impulsionado por indenizações e vantagens eventuais.
Mauro teve mandado de prisão preventiva expedido, mas não foi localizado pelas equipes da Polícia Civil durante o cumprimento das ordens judiciais e é considerado foragido da Justiça.
A Operação
A Operação Sepulcro Caiado investiga um grupo que teria atuado por anos manipulando registros da conta de depósitos judiciais para viabilizar saques indevidos, transferências simuladas e fraudes documentais, com prejuízo aos cofres públicos e às partes envolvidas em processos judiciais.
Além dos servidores do TJ-MT, o inquérito envolve advogados e empresários, todos suspeitos de integrar o núcleo operacional e financeiro do esquema.
As investigações já apontam que os desvios podem ultrapassar R$ 21 milhões.
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